O presidente firmou a autorização para estender o programa até 8 de agosto
Al Drag /POOL - EFE/EPA - 21.12.2019O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou neste sábado (4) uma extensão de cinco semanas de um programa federal de empréstimo a pequenas empresas para amenizar os efeitos sobre a economia da pandemia do novo coronavírus.
A Casa Branca declarou em comunicado que o chefe de governo firmou a autorização para estender o programa até 8 de agosto, sem oferecer detalhes.
O chamado Programa de Proteção de Folha de Pagamento é parte do pacote de estímulo de mais de US$ 2 trilhões aprovado em março para deter a crise da economia dos EUA causada pela covid-19.
A iniciativa permite que pequenas empresas recebam empréstimos do governo federal, que podem ser perdoados se os salários dos trabalhadores forem mantidos em um determinado nível.
O programa foi originalmente elaborado para terminar na última terça-feira (30), após ter fornecido US$ 520 bilhões em empréstimos a quase 5 milhões de empresas em todo o país. Nesta semana, os legisladores do Senado chegaram a um acordo para estender a ajuda, enquanto a Câmara aprovou a prorrogação sem uma votação formal.
Os últimos indicadores econômicos apontam para uma crise profunda nos EUA devido à pandemia. A terceira e última estimativa da evolução do produto interno bruto no primeiro trimestre do ano deixou uma queda de 5% ao ano, a maior desde 2008.
O Fed (Federal Reserve - banco central americano) alertou para riscos consideráveis, dada a "extraordinária incerteza", e previu um colapso de 6,5% na atividade econômica até o final do ano, com uma taxa de desemprego acima de 9%.
Para contrariar essa situação, o Congresso aprovou um plano de estímulo maciço de US$ 2,2 trilhões e está discutindo um adicional, enquanto o Fed cortou as taxas de juros para quase 0%, além de ter acrescentado várias rodadas sucessivas de injeções maciças de liquidez aos mercados.
Os EUA são o país mais afetado pela pandemia, com quase 2,8 milhões de infecções e mais de 129 mil mortes. Nesta sexta-feira (3), o país registrou um número recorde de novos casos, com 60.383.