Ministro da Saúde da Túrquia, Fahrettin Koca, foi vacinado diante das câmeras
EPA/Ministério da Saúde da TurquiaA Turquia inicia a campanha de imunização contra a covid-19 com a vacina da chinesa Sinovac, na quinta-feira (14), após ensaios clínicos indicarem eficácia de 91%, embora o mesmo imunizante tenha oferecido resultados bem inferiores em outros países.
O Instituto Butantan, parceiro para produção da vacina da Sinovac no Brasil, estimou ontem (12) a eficácia da vacina em 50,38% - ligeiramente superior ao mínimo de 50% estabelecido pela Organização Mundial da Saúde - enquanto a Indonésia anunciou uma eficácia de 65,3%.
O ministro da Saúde da Turquia, Fahrettin Koca, foi vacinado diante das câmeras minutos após o Instituto de Medicamentos e Dispositivos Médicos (Titck) autorizar o uso emergencial do Sinovac, nesta quarta-feira (13), apesar de não ter concluído todos os ensaios clínicos no país, para poder iniciar o processo de imunização amanhã .
"Amanhã começará a vacinação dos profissionais de saúde", disse o Ministro da Saúde turco, Fahrettin Koca, em uma entrevista coletiva. “As pessoas serão vacinadas de acordo com o plano (de imunização do governo) e serão avisadas com hora marcada”, detalhou.
O governo turco anunciou que dividirá o processo de vacinação em quatro fases: primeiro, profissionais de saúde e pessoas com mais de 65 anos; pacientes com doenças crônicas ou em risco; doentes com menos de 50 anos e, finalmente, o resto dos cidadãos.
A Turquia torna-se assim o terceiro país a utilizar a vacina Sinovac, depois da China e da Indonésia, que iniciou sua campanha de vacinação nesta quarta.
A Turquia comprou três milhões de doses da vacina chinesa e anunciou a compra de quatro milhões de doses do laboratório alemão BionTech-Pfizer.
País que tem 80 milhões de habitantes, registrou hoje 171 mortes por covid-19, número semelhante ao dos últimos dias, embora a oposição ao conservador Executivo islâmico questione os números oficiais e garanta que os reais são muito mais Alto.