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Ucrânia proíbe entrada de Depardieu no país por cinco anos

Internacional|

Kiev, 28 jul (EFE).- A Ucrânia proibiu nesta terça-feira a entrada durante cinco anos do ator Gérard Depardieu, que colocou em dúvida, em várias ocasiões, a soberania ucraniana após receber a cidadania russa em janeiro de 2013. O Serviço de Segurança da Ucrânia explicou que tomou essa decisão a pedido do Ministério de Cultura, que incluiu o artista de origem francesa em uma lista negra de quase 600 personalidades da cultura que apoiam a violação da integridade territorial do país. Depardieu proclamou em agosto de 2014 durante um festival de cinema na Letônia que amava a Rússia e a Ucrânia, que era parte da Rússia. Além disso, em outras ocasiões defendeu claramente a anexação russa da península da Crimeia (março de 2014), que foi condenada unanimemente pela comunidade internacional. "Adoro a Ucrânia e sei que, se a Crimeia fosse americana, a situação seria diferente", disse em maio durante a última edição do Festival de Cannes. Depardieu, de 66 anos, viajou em várias ocasiões à Ucrânia quando seu presidente era Viktor Yushchenko (2005-2010), inimigo acérrimo do Kremlin e partidário do ingresso do país na Otan, e inclusive descansou na residência presidencial. Então, anunciou planos de abrir um restaurante em Kiev, de comprar vinhedos na Crimeia e de protagonizar um filme sobre o líder Tarás Bulba, filme que deveria ser dirigido pelo cineasta ucraniano Víctor Gres. As coisas mudaram em 2012, quando Depardieu decidiu renunciar à cidadania francesa depois que o novo governo francês decidiu subir os impostos aos mais ricos. O presidente russo, Vladimir Putin, concedeu a cidadania russa pelo trâmite de urgência em janeiro de 2013, após a qual ficou hospedado na cidade de Saransk, capital da república da Mordóvia, e participou de vários projetos televisivos e cinematográficos. Embora unicamente visite a Rússia esporadicamente, o protagonista de filmes como "Asterix e Obelix" aproveita qualquer ocasião para expressar sua admiração por Putin. O ator também foi acusado então pela Geórgia de violar a legislação nacional ao visitar a região separatista georgiana da Abkhazia (Mar Negro), cuja independência foi reconhecida pelo Kremlin. EFE bk-io/ff

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