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UE afirma que decisão de EUA e Cuba é vitória do diálogo sobre o confronto

Internacional|

Bruxelas, 17 dez (EFE).- A alta representante da União Europeia para a Política Externa, Federica Mogherini, elogiou nesta quarta-feira em comunicado a decisão de Estados Unidos e Cuba de normalizar suas relações bilaterais, quebradas desde 1961. "Esses movimentos representam uma vitória do diálogo sobre o confronto", declarou Mogherini em comunicado, no qual também lembrou a aproximação da UE com Cuba. "Com esse espírito iniciamos no começo deste ano o diálogo político" com Havana, ressaltou. Mogherini destacou que os "direitos humanos estão no centro da política europeia em relação a Cuba", e salientou que o acordo de cooperação que se negocia com Havana "poderia servir para ativar um maior compromisso com as reformas em andamento e a modernização" do país. UE e Cuba iniciaram no começo deste ano uma nova etapa para normalizar sua relação política após várias tentativas fracassadas de superar suas diferenças em questões centrais para Bruxelas como o respeito aos direitos humanos e a evolução democrática da ilha. Após quase duas décadas de relações praticamente bloqueadas, ambas partes realizaram este ano duas rodadas negociadoras que buscaram reiniciar uma relação bilateral até agora infestada de desencontros. Mogherini afirmou hoje que "a UE procura ampliar as relações com todas as partes da sociedade cubana, promover o progresso econômico e social, o diálogo dinâmico e reforçar o respeito dos direitos fundamentais". A chefe da diplomacia europeia se referiu à decisão anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de restabelecer as relações quebradas com Cuba há mais de meio século como "outro muro que caiu". "O anúncio do presidente Obama sobre essas importantes medidas em relação a Cuba prenuncia uma mudança largamente esperada nas tensas relações" de ambos países, disse Mogherini, acrescentando que também felicitou pessoalmente ao secretário de Estado americano, John Kerry. Além disso, comentou que a reação do governo do presidente cubano Raúl Castro "nos faz sentir otimistas sobre uma mudança real, e esperamos que se abra o caminho para a retomada plena das relações entre Estados Unidos e Cuba" em interesse de ambas partes. As relações entre a UE e Cuba estão regidas pela chamada "posição comum", uma política unilateral e restritiva, aprovada pela UE em 1996 por proposta do então presidente do governo espanhol, José María Aznar. A supressão dessa "posição comum" exige que seja uma decisão adotada por unanimidade pelos 28 países do bloco, uma vez que o Conselho da UE considere que este é o passo adequado. Na semana passada, a pedido de Cuba, foi adiada a terceira rodada de negociação prevista para janeiro a fim de alcançar esse acordo bilateral de diálogo político e de cooperação. UE e Cuba, o único país da América Latina com o qual o bloco europeu não tem um acordo bilateral, realizaram uma primeira rodada de conversas no último mês de abril em Havana, enquanto em agosto aconteceu a segunda fase do diálogo em Bruxelas. EFE emm/rsd

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