Medida deve ajudar uma das maiores fontes de renda da ilha, o turismo
ThinkstockNo dia em que a retomada de relações entre Cuba e Estados Unidos completa um ano, os países podem ter chegado a um acordo para restaurar voos comerciais, apontam fontes dos governos de Washington e de Havana.
Segundo a diretora-geral nos Estados Unidos do Ministério das Relações Exteriores de Cuba, Josefina Vidal, equipes que estão se reunindo na capital norte-americana desde o começo desta semana "tiveram importantes avanços nas negociações de memorandos de entendimentos no que diz respeito ao estabelecimento de voos regulares".
Ainda segundo fontes governamentais, o anúncio deve ser feito dentro de horas ou dias.
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Com o avanço diplomático, companhias aéreas devem retomar a rota, interrompida há décadas, nos próximos meses. Empresas como American Airlines, Delta Airlines, United Airlines, JetBlue e Southwest já expressaram seu interesse.
Atualmente, norte-americanos e cubanos que precisam ir a Cuba viajam em aviões fretados, que são, além de caros, muito difíceis de agendar. Além disso, as viagens precisam ser coordenadas com agentes do governo dos EUA. Especialistas consideram este o maior passo para estreitar as relações econômicas bilaterais desde dezembro do ano passado.
Medida deve ajudar uma das maiores fontes de renda da ilha, o turismo.
Avanços
Desde a retomada de relações, diversas restrições vem sendo estudas e muitos passos têm sido dados em direção a reaproximação.
Em julho deste ano, as respectivas embaixadas foram reabertas. O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, visitou a ilha no mês seguinte, sendo o primeiro líder diplomático do país a visitar a ilha desde 1945.
Na semana passada, Cuba e Estados Unidos anunciaram a retomada de trocas postais após um hiato de 52 anos.
Em outras questões, no entanto, como o status dos dissidentes e o respeito aos direitos humanos em Cuba, continuam travadas. Além disso, o governo cubano pede, com o endosso do presidente Barack Obama, a queda do embargo econômico, que depende do Congresso — que atualmente tem maioria republicana.
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