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Uruguaias se casarão com dois ex-detentos de Guantánamo amparados no país

Internacional|

Montevidéu, 28 mai (EFE).- Dois dos seis ex-detentos da prisão americana de Guantánamo amparados pelo Uruguai como refugiados se casarão com suas namoradas uruguaias no próximo dia 6 de junho, confirmaram nesta quinta-feira à Agência Efe fontes ligadas aos homens, que chegaram ao país em dezembro do ano passado. O sírio Abd al Hadi Omar Mahmoud Faraj, de 40 anos, e o tunisiano Abdul Bin Mohammed Ourgy, de 50, se casarão com duas mulheres que conheceram durante seu périplo uruguaio e que professam a religião muçulmana. As duas cerimônias serão realizadas no dia 6 de junho em uma mesquita de Montevidéu e espera-se que alguns dos ex-prisioneiros sejam padrinhos. "Não será algo grande, será bem mais íntimo", acrescentaram as fontes, que não informaram qual foi o lugar escolhido para celebrar a festa posterior ao ato religioso. Christian Mirza, o mediador escolhido pelo governo do país sul-americano no mês passado para destravar a situação de cinco dos ex-detentos, que se negavam a assinar um documento que regulava sua vida no país, disse à Efe que o novo estado civil de dois deles não será inconveniente para receber a ajuda econômica de 15.000 pesos mensais (cerca de R$ 1.800) concedida pelo governo. No último dia 19 de maio quatro dos ex-prisioneiros - entre eles os dois homens que vão se casar - puseram fim a um protesto de quase um mês em frente à embaixada dos Estados Unidos no Uruguai, com o qual buscavam que esse país lhes desse "o necessário para levar uma vida normal como seres humanos", após terem passado 13 anos presos sem acusações na base de Guantánamo. Os EUA não atenderam sua reivindicação, mas o governo uruguaio decidiu institucionalizar seu processo de adaptação e inserção no Uruguai por intermédio de um convênio com uma ONG representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), que lhes oferece apoio financeiro e uma casa para cada um. Os seis ex-detentos foram recebidos em dezembro no Uruguai como parte do compromisso do então presidente, José Mujica, de colaborar com seu colega americano, Barack Obama, no plano de fechamento do presídio instalado na base naval americana em Guantánamo, em Cuba. EFE rgm/rsd

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