Luis Lacalle Pou e Tabaré Vázquez, respectivamente, são os principais candidatos à presidência do Uruguai
REUTERS/Federico Gutierrez e Andres StapffOs uruguaios irão às urnas neste domingo (26) para eleger os novos presidente e vice-presidente e renovar a totalidade do Congresso. Segundo as últimas pesquisas realizadas no país, a votação de hoje não deve dar a nenhum dos principais candidatos a maioria dos votos e, assim como aconteceu no Brasil, a decisão deverá ficar para o segundo turno.
Tabaré Vázquez, apoiado pelo atual presidente, José Mujica, e o opositor Luis Lacalle Pou devem deverão ser os candidatos com a maioria de votos.
“Haverá um segundo turno, é muito difícil que a Frente Ampla tenha uma votação tão grande a ponto de superar os 50 por cento para ganhar o primeiro turno”, disse o diretor do instituto de pesquisa Factum, Oscar Botinelli.
Vázquez tem mais intenções de voto em todas as pesquisas de opinião. Os números variam entre 43% e 49% — número insuficiente para conquistar a vitória no primeiro turno e a maioria parlamentar.
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Pela legislação uruguaia, não é permitida a reeleição consecutiva de um presidente e os eleitores são obrigados a votar em candidatos do Executivo e do Legislativo do mesmo partido.
“Eu votei nos dois governos anteriores, da Frente Ampla, porque acho que fizeram muito pelo país. O desemprego caiu de dois dígitos para um e nossos jovens não têm que sair do Uruguai para buscar trabalho”, disse à Agencia Brasil o comerciante Diego Villega, que apoia Tabaré Vasquez.
No entanto, no primeiro turno, ele votará num partido menor, sem chance de chegar à Presidência.
— Não quero dar todo o poder a um só partido, precisamos ter um equilíbrio mais democrático.
Villega não e o único que pensa assim o que, segundo analistas políticos, explica os resultados das últimas pesquisas de opinião.
Os principais concorrentes de Tabaré Vasquez — que governou o Uruguai de 2005 a 2010 — são filhos de ex-presidentes.
Luís Lacalle, do Partido Nacional, conhecido como Blanco, teria entre 32% e 35% das intenções de voto, enquanto que Pedro Bordaberry, do Partido Colorado, entre 12% e 18%.
Adversários históricos, Blancos e Colorados já se uniram contra a Frente Ampla no passado.
No domingo, os uruguaios também irão às urnas para decidir — em plebiscito — se querem baixar a maioridade penal de 18 para 16 anos. A insegurança está no topo da lista de preocupações dos eleitores, mas apenas 6% dos crimes são cometidos por menores.