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Uso de arma química pelo governo sírio é divisor de águas, diz Obama

Internacional|

Por Jeff Mason e Matt Spetalnick

WASHINGTON, 26 Abr (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, alertou nesta sexta-feira ao presidente da Síria, Bashar al-Assad, que o uso de armas químicas na guerra civil síria é um divisor de águas, mas alertou que ainda são preliminares as avaliações de inteligência dando conta de que tais armas já foram usadas.

Na quinta-feira, a Casa Branca disse pela primeira vez que armas químicas provavelmente já foram usadas em pequena escala por parte do governo de Assad.

Obama disse que ainda é preciso confirmar isso, e não chegou a declarar que Assad teria violado a "linha vermelha" sobre a qual havia alertado anteriormente, algo que foi amplamente interpretado como um aviso de que isso acarretaria consequências como uma intervenção militar norte-americana.

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"Por mais terrível que seja o fato de morteiros estarem sendo disparados contra civis e as pessoas estarem sendo mortas indiscriminadamente, usar potenciais armas de destruição em massa contra populações civis ultrapassa outra linha a respeito das normas internacionais e do direito internacional", disse Obama a jornalistas na Casa Branca, onde recebeu o rei Abdullah, da Jordânia.

"Isso vai ser um divisor de águas. Temos de agir prudentemente", afirmou. "Temos de fazer essas avaliações deliberadamente. Mas acho que todos nós ... reconhecemos que não podemos ficar de lado e permitir o uso sistemático de armas como armas químicas contra populações civis."

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Obama afirmou que a ameaça das armas químicas gera uma "urgência aumentada" na crise síria, mas alertou que as coisas podem demorar a se resolver.

Alterando a avaliação feita dias antes pela Casa Branca, funcionários dos Estados Unidos disseram na quinta-feira que a comunidade de inteligência acredita com "variados graus de confiança" que as forças de Assad já usaram o gás de nervos sarin contra rebeldes.

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O governo insistiu, no entanto, que Obama só tomaria providências diante de provas concretas, num sinal de que ele está decidido a não repetir o erro cometido pelos Estados Unidos há uma década no Iraque, quando o então presidente George W. Bush ordenou uma invasão do país para encontrar armas de destruição em massa que afinal não existiam.

(Reportagem adicional de Roberta Rampton e Mark Felsenthal)

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