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Venezuela rejeita declaração de vice-presidente dos EUA sobre crise no país

Internacional|

Caracas, 9 mar (EFE).- O governo venezuelano manifestou neste domingo sua rejeição às declarações do vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que afirmou em entrevista que a situação na Venezuela lhe "lembra o passado, quando homens fortes governavam (a América Latina) usando a violência e a opressão". O governo venezuelano, disse o vice-presidente Jorge Arreaza, lendo um texto oficial, "rejeita de maneira categórica" a fala de Biden "por constituir um desrespeito à soberania venezuelana, uma agressão direta ao povo que sofreu os conflitos de um setor fascista que avança em uma estratégia de golpe de Estado contínuo". Em entrevista publicada pelo jornal chileno "El Mercurio", o vice-presidente dos Estados Unidos se referiu à crise pelos protestos pró e contra o governo venezuelano, que completa mais de três semanas e matou pelo menos 21 pessoas, e acusou a Administração de Nicolás Maduro de "enfrentar manifestantes pacíficos com a força e em alguns casos com milícias armadas". "A situação na Venezuela me lembra o passado, quando homens fortes governavam usando a violência e a opressão; e os direitos humanos, a hiperinflação, a escassez e a extrema pobreza causavam estragos nos povos do hemisfério", acrescentou Biden. Em resposta, o governo venezuelano afirmou em nota oficial que os são "facções violentas" da oposição financiados por "escritórios" dos EUA os que recorrem à violência, "para atentar contra a tranquilidade do povo venezuelano e ferir uma sólida democracia". "O que faria o presidente dos EUA, Barack Obama, se uma organização política convocasse publicamente sua derrocada e começasse a cometer atos terroristas que desrespeitam os direitos humanos e civis do povo dos Estados Unidos?", questiona o texto e adverte que seriam "inúmeras" as vítimas se a polícia venezuelana agisse como a americana. Também aponta os EUA como "principal promotor da violência em nível mundial, especialista em invasões, bloqueios econômicos, guerras iniciadas por interesses econômicos sobre ameaças fictícias, criador de armas letais de destruição em massa e responsável pela morte de milhões de civis ao redor do mundo". Com isso, ressalta, o governo americano "não tem moral para objetar o respeito aos direitos humanos na Venezuela e o esforço do governo por preservar a paz". O comunicado termina dizendo que a Venezuela reitera sua "clara vontade de retomar e renovar relações com o governo dos EUA por meio de um diálogo direto e transparente com base ao respeito mútuo, a não ingerência em assuntos internos e a cooperação necessária". As autoridades venezuelanas calculam em 21 as mortes ligadas aos protestos que desde 12 de fevereiro se registram no país contra o governo. EFE arv/tr

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