Nova Série do JR fala sobre o drama de famílias que buscam desaparecidos
Reprodução/Facebook
A apresentadora do Jornal da Record, Adriana Araújo, e o repórter, Luiz Carlos Azenha, comentam os bastidores da nova série do JR: À Procura, durante live na página oficial do programa no Facebook. A equipe acompanhou o drama de uma mãe que teve seu filho desaparecido até o dia em que ela conseguiu uma resposta. “As famílias ficam em função dessa pessoa desaparecida para sempre. Não tem um corpo, não há velório”, comentou Azenha, que destacou como o "terror do sumiço”.
Azenha revela que também já sentiu na pele a sensação de ter uma pessoa desaparecida na família, quando sua filha foi para a Índia e ficou sumida por alguns dias.
Ele também falou sobre a dificuldade de encontrar uma pessoa que desaparece sem os documentos: “Se você se perder sem os documentos e acontecer algo, você é tido como indigente, vai para o IML e fica desaparecido para sempre”.
Outro ponto importante é que a situação da busca mudou bastante de uns anos para cá: “Em tese, na lei mudou, mas nem sempre a família tem esse respaldo. A sociedade está conectada, mas infelizmente o Estado brasileiro ainda não está. Não existe uma conexão, não há informação trocada entre IMLs”, comentou Azenha.
A disparidade nos números também chamou a atenção do repórter, já que existem 250 mil pessoas desaparecidas no Brasil e apenas 368 nomes (muitos sem fotos) no Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas: “O cadastro tem apenas 368 nomes de 20 estados brasileiros. Nós temos muito a fazer para desenvolver uma rede”.
Azenha ainda destacou o papel das redes sociais nessa busca: “Hoje as redes sociais suprem o que o estado não faz. Elas viraram um ponto de partida, obviamente você tem que fazer um Boletim de Ocorrência, mas deixar um registro nas redes sociais é muito importante”, observa Azenha.
Acompanhe o bate-papo completo: