Criação de comissão processante será votada nesta quarta (12) na Câmara de BH
Divulgação / CMBH / Karoline BarretoOs vereadores de Belo Horizonte votam nesta quarta-feira (14) se autorizam a abertura de um novo processo de cassação do vereador Wellington Magalhães (DC). O parlamentar é alvo de dois pedidos de perda de mandato na Câmara de Vereadores da capital mineira.
O pedido é aceito se, ao menos, 21 parlamentares votarem a favor da proposta. Nesse caso, uma comissão processante formada por três parlamentares é montada e esse colegiado tem o objetivo de investigar a denúncia e apresentar um relatório que confirma ou refuta o pedido de cassação de Magalhães. O documento é, então, votado em plenário e o vereador perde o cargo caso mais de 28 parlamentares votem pela cassação.
O pedido de cassação de Wellington Magalhães foi feito pelo seu colega Mateus Simões (Novo), que listou cinco fatos que justificariam a perda de mandato, como uso de tornozeleira eletrônica por parte do vereador do DC, descumprimento de ordem judicial, uso da estrutura da Casa em proveito próprio, ameaças a outros vereadores e tráfico de influência.
Essa é a segunda vez que Wellington Magalhães será julgado pelos próprios colegas. No ano passado, a Câmara de BH autorizou a criação de uma comissão processante para investigar o vereador. No entanto, o acusado não recebeu votos suficientes para perder o mandato.
Ameaças
Magalhães confirmou à Record TV Minas que é dele a voz que aparece em áudios vazados em que supostamente faria ameaças ao vereador Mateus Simões e ao promotor do Ministério Público de Minas Gerais Leonardo Barbabela. No entanto, o vereador diz que não fez ameaças a eles.
"Eu to chegando num limite em que eu pegava o revólver, entrava dentro do gabinete e metalhava", é uma das frases ditas por Magalhães nos áudios vazados. Ele também chama o promotor de "trouxa" e "babaca".
Segundo ele, as frases foram ditas em tom de "desabafo", em uma sala anexa ao plenário da Câmara e que havia cerca de 15 a 20 vereadores no local.
O Ministério Público abriu um inquérito para apurar as supostas ameaças.