Atos foram realizados em diversos pontos da capital mineira
Divulgação / SindUteAgentes penitenciários de Minas Gerais também aderiram à greve nacional, nesta quarta-feira (15) e paralisaram atividades. Os atos são contra a Pec (Proposta de Emenda Constitucional) 287, que prevê reformas na Previdência Social. Profissionais de diversas áreas também interromperam o expediente em apoio às manifestações.
O Sindasp (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de Minas Gerais) informou que nos presídios que se juntaram ao movimento,não haverá atendimento aos advogados, oficiais de justiça - salvo alvará e mandado de prisão de réu preso, banho de sol, visitas, assistências penais, atendimento à pauta da Justiça, atendimento à saúde - exceto em urgência e emergência - e recebimento de presos.
De acordo com o sindicato da categoria, já suspenderam as atividades as unidades prisionais: Dutra Ladeira, José Maria Alkimin, Nelson Hungria, Regional de Montes Claros, Alvorada, Francisco Sá, Patos de Minas, Jacy de Assis (Uberlandia), PDMC Ipaba, Presídio de Unaí, Penitenciária Agostinho de Oliveira Júnior, Presídio de Paracatu, João Pinheiro e Buritis.
Transporte público
Desde o início da manhã diversas categorias profissionais paralisaram as atividades, em apoio às manifestações, em Belo Horizonte. Um dos serviços que teve as atividades interrompidas foi o metrô, cujos funcionários aderiram em massa ao movimento. Todas as estações do metrô na cidade ficaram fechadas e todos os trens ficaram parados. Os ônibus funcionaram normalmente na cidade. Por causa da paralisação dos trens, os usuários do metrô procuram os coletivos, o que sobrecarregou o transporte público em BH e região metropolitana.
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Os segundo a BHTrans, todas as estações do BRT Move operam normalmente. Nas estações Vilarinho e São Gabriel, que são integradas ao metrô, as linhas 66, 65 e 83D tiveram reforço no atendimento no pico manhã. As linhas convencionais 1502, 1509, 4031 e 9410 também tiveram reforço no atendimento. Romeu José Machado, presidente do Sindmetro (Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais) informou que o funcionamento regular do metrô só acontece nessa quinta-feira (16).
O número de carros nas ruas também causou congestionamento em várias avenidas da capital mineira. Aproximadamente 300 petroleiros e integrantes do Mab (Movimento dos Atingidos por Barragens) fizeram uma manifestação na BR-381, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. O grupo fechou a pista próximo à Refinara Gabriel Passos, sentido São Paulo, por volta das 6h30, em forma de protesto contra a reforma da Previdência Social e trabalhista. A pista foi liberada às 7h50.
Escolas sem aulas
Os alunos das escolas municipais, estaduais e das Umeis (Unidades Municipais de Educação Infantil) também não tiveram aulas durante esta quarta. Os professores da rede pública aderiram ao ato e, segundo o presidente do Sind-Rede BH (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte), Wanderson Rocha, as unidades de ensino municipais e as Umeis param por tempo indeterminado.