ONG faz expedição pelo rio Paraopeba
Divulgação / SOS Mata Atlântica / Gaspar NóbregaUm relatório emitido pela Fundação SOS Mata Atlântica, nesta terça-feira (5), aponta que as membranas de contenção de rejeitos instaladas pela Vale, no rio Paraopeba, em Pará de Minas, a 86 quilômetros de Belo Horizonte, não conseguem reter 100% dos resíduos da barragem da mina Córrego do Feijão, rompida no dia 25 de janeiro.
A ONG avaliou a qualidade da água em dois pontos diferentes: um antes do local onde foram instaladas as barreiras e outro 500 metros após as estruturas. Segundo os pesquisadores, a turbidez da água melhorou 53%. Ainda assim, de acordo com o grupo, as condições não permitem a existência de vida aquática e a água não deve ser consumida pela população.
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Membros da fundação percorrem o leito do rio para avaliar a situação dos recursos ambientais da região. Ao todo, 11 pontos já foram analisados pela organização e, segundo os ativistas, “a maioria deles possui água com condição péssima”.
Nesta terça-feira, a Prefeitura de Pará de Minas decretou situação de emergência na cidade devido à situação do rio. Segundo o Executivo municipal, a captação de água no curso d’água foi suspensa. Outros córregos da região ajudam no abastecimento.
De acordo com a Vale, a terceira membrana instalada na área para realizar a filtragem começa a operar nesta terça-feira. A reportagem questionou a empresa sobre a efetividade do sistema, mas ainda não teve retorno.
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