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BH quer plano de despoluição da Lagoa da Pampulha em 45 dias

Prefeitura de BH e Contagem fizeram acordo com Copasa para garantir esgoto sanitário para quase 10 mil casas nas duas cidades

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Técnicos devem apresentar plano de trabalho para despoluição em até 45 dias
Técnicos devem apresentar plano de trabalho para despoluição em até 45 dias Técnicos devem apresentar plano de trabalho para despoluição em até 45 dias

Técnicos das prefeituras de Belo Horizonte e de Contagem, na região metropolitana, e da Copasa (Companhia de Abastecimento e Saneamento de Minas Gerais) vão entregar, em 45 dias, um plano de trabalho para a despoluição da Lagoa da Pampulha, um dos principais cartões-postais da capital mineira. 

O plano deve incluir medidas para fazer a ligação de quase 10 mil casas à rede de esgotamento sanitário - das quais cerca de 80% estão em Contagem e, o restante, em BH. 

O assunto foi tema de uma reunião entre o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) e a prefeita de Contagem, Marília Campos (PT) nesta sexta-feira (24). Também participaram da reunião o secretário municipal de Obras de Belo Horizonte, Josué Valadão, e o presidente da Copasa, Carlos Eduardo Tavares de Castro.

A prefeita Marília Campos afirmou que o município tem planos de instalar interceptores de esgoto acessíveis para a população e redimensionamento das redes construídas.

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— Se a gente quer devolver a Lagoa da Pampulha para o povo mineiro, temos que buscar uma solução que esteja em Contagem.

Valadão afirmou que há uma "união de esforços" e que todas as partes querem resolver o problema. Já o presidente da Copasa, Carlos Eduardo Tavares da Costa, afirmou que a empresa saiu da reunião “comprometida em trabalhar em conjunto com as demais prefeituras em busca de soluções”.

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Justiça

Na quarta-feira (22), a Procuradoria-geral do município de Belo Horizonte ajuizou uma ACP (Ação Civil Pública) na Justiça Federal para exigir da Copasa uma solução para o lançamento de esgoto na Lagoa. O órgão alegou que, pelo fato do local ser considerado um Patrimônio Mundial da Humanidade, é necessário uma “convergência de esforços para garantir que a população volte a desfrutar do bem em sua total potencialidade”.

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A cidade de Contagem é citada na ação, já que, segundo dados do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas, a fonte mais volumosa de dejetos da Pampulha é o córrego Sarandi e seus afluentes, que vêm da cidade da região metropolitana. Apesar disso, Contagem é a principal fonte de água da lagoa, responsável por 54% da bacia da Pampulha.

A ação também pede que a Copasa apresente, em 45 dias, um plano de ação detalhado para que 100% do esgoto da bacia da Pampulha seja coletado e tratado, o que foi acordado na reunião desta sexta. A procuradoria também pede para que a companha explique, no mesmo prazo, se a distribuição de R$ 820 milhões em dividendos aos acionistas vai comprometer o investimento da Copasa em obras na Lagoa.

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