Moradores de um bairro em Varginha, no sul de Minas, sofrem com o lixo acumulado na casa de um vizinho. Pedro Ladeira Rodrigues, de 78 anos, trabalha como catador de materiais recicláveis e acumula os objetos que recolhe no quintal de casa.
Rodrigues mora no imóvel com a mulher, quatro filhos e um neto. Até os próprios familiares, como é o caso da filha Vanessa Rodrigues, reclamam da sujeira e se preocupam com o risco de doenças por causa do lixo.
— Tem que tirar porque não tem como viver aqui com essa bagunça. O povo passa e fica tudo olhando.
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Segundo Vanessa, no passado, o pai era alcoólatra e bastante agressivo. Mas, desde que parou de beber, ele começou a acumular objetos achados na rua. Agora, a filha pede ajuda para limpar o terreno.
— A prefeitura tem que tomar uma providência, ajudar a trazer um caminhão para tirar esse entulho e o resto depois a gente vê.
Mas, ao ser questionado sobre o risco de proliferação de doenças, como o caso da dengue, Rodrigues explica que recolhe o material pois precisa sustentar sua família.
— Mas, e seu eu pedir esmola? Pedir esmola será que é bom? Ou se eu vender drogas, por exemplo, é bom? Ou até roubar?
Após as reclamações, o funcionário da prefeitura de Varginha responsável pela manutenção de vias públicas, Danúsio Bueno, esteve na residência e informou que irá acionar a vigilância sanitária.
— Eu vou acionar a vigilância sanitária, devido a dengue também, e então a vigilância deve vir aqui e dar um prazo para ele retirar ou até multá-lo.
Ele informou ainda que Rodrigues pode entregar os materiais recolhidos nas associações de catadores de lixo de Varginha, onde poderia até mesmo ser remunerado pelo serviço.