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Cerveja contaminada em Minas Gerais: polícia investiga sabotagem

Fabricante da bebida nega que use substância suspeita de ter causado intoxicação; ameaça de funcionário demitido será apurada

Minas Gerais|Fernando Mellis, do R7

Policiais fizeram buscas na cervejaria Backer
Policiais fizeram buscas na cervejaria Backer Policiais fizeram buscas na cervejaria Backer

A Polícia Civil de Minas Gerais investiga se a cervejaria Backer, fabricante da cerveja Belorizontina, foi alvo de sabotagem. A suspeita é de que lotes da bebida contaminados com uma substância química tenham causado a intoxicação de dez pessoas — incluindo uma morte — nas últimas semanas.

Preliminarmente, a investigação apurou que algumas garrafas da marca, encontradas nas casas de pacientes que adoeceram, continham dietilenoglicol, um anticongelante tóxico usado na indústria.

A Backer nega reiteradamente que esse composto faça parte da linha de produção de suas cervejas. Mas a negativa não foi suficiente e, na sexta-feira (10), o Ministério da Agricultura determinou o fechamento preventivo da fábrica. Também foi determinado o recolhimento de lotes da Belorizontina. 

Além de a fabricante afirmar que não faz uso do dietilenoglicol, os investigadores têm outro motivo para suspeitar de uma eventual sabotagem: uma ameaça de um funcionário demitido em dezembro do ano passado.

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O boletim de ocorrência, registrado por um supervisor da empresa, depende de representação da pessoa alvo da ameaça, o que é feito algumas semanas após o registro. Até o momento, a Polícia Civil afirma que isso não foi feito e, portanto, não houve continuidade da investigação.

Não foram divulgadas informações relativas ao teor da ameaça e nem a identidade do funcionário demitido.

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"Independentemente deste fato [ameaça], a Polícia Civil não descarta nenhuma possibilidade", afirma a instituição em nota.

O caso

Dois casos de homens internados em hospitais de Belo Horizonte e de Juiz de Fora com insuficiência renal aguda e alterações neurológicas de origem desconhecida foram notificados nos últimos dias de dezembro às autoridades de saúde de Minas Gerais.

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Nos dias seguintes, outros casos semelhantes foram informados à Secretaria de Estado de Saúde. O homem internado em Juiz de Fora morreu no dia 7 de janeiro.

Todos apresentavam sintomas em comum que, segundo especialistas, podem ter relação com intoxicação por dietilenoglicol. Eles tiveram problemas gastrointestinais, como náusea, vômito e dor abdominal, além de insuficiência renal grave e de rápida evolução.

Os pacientes também apresentaram outros sintomas, como paralisia facial, borramento visual, perda de visão, taquicardia e paralisia descendente.

Exames laboratoriais descartaram uma série de doenças contagiosas, o que foca as atenções dos investigadores em intoxicação por alguma substância.

A Polícia Civil fez buscas na sede da fábrica, em Belo Horizonte, para colher provas que podem ajudar a esclarecer o caso.

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