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Cidades de MG não prestam contas de R$ 29 mi de acordo com a Vale

Valor é referente ao repasse recebido pelos municípios em agosto de 2021; prefeituras deveriam explicar a destinação do montante

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Rompimento ocorreu em 25 de janeiro de 2019
Rompimento ocorreu em 25 de janeiro de 2019 Rompimento ocorreu em 25 de janeiro de 2019

Um levantamento do TCE-MG (Tribunal de Contas de Minas Gerais) mostra que 38 cidades mineiras deixaram de declarar quase R$ 29 milhões que receberam do acordo que a mineradora Vale fechou com o governo estadual em ressarcimento pelo rompimento da barragem em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte.

De acordo com o órgão, os valores são referentes ao primeiro de três repasses previstos. O montante total de R$ 600 milhões foi depositado na conta das prefeituras em agosto de 2021. O valor não declarado representa aproximadamente 4,8% da quantia.

"O artigo 5º, parágrafo 6º, da lei nº 23.830/21 prevê expressamente que “a prestação de contas acerca da aplicação dos recursos transferidos será feita pelo município ao Tribunal de Contas. Os gestores municipais devem informar ao TCE-MG, mensalmente, os dados dos recursos recebidos e aplicados pela gestão", ressaltou o tribunal em nota.

"Com os recursos tecnológicos da sua Central de Fiscalização Integrada e Inteligência — Suricato, o Tribunal de Contas fez cruzamentos de dados que detectaram divergências entre os valores repassados pelo Estado e os recebidos pelos municípios", detalhou o TCE-MG.

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O termo pactuado com os órgãos de Justiça prevê que os 853 municípios do Estado vão repartir R$ 1,5 bilhão dos R$ 37,7 bilhões destinados pela mineradora no acordo. Os valores variam conforme o tamanho da cidade.

O TCE não revelou quais municípios estão com divergência nas declarações. A segunda parcela do benefício, que representa 30% do montante, será depositada no próximo dia 31 de janeiro. A última, com os 30% restantes, será paga até o fim de julho.

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O dinheiro pode ser aplicado em projetos de pavimentação asfáltica, obras de acessibilidade e saneamento, construção ou reforma de unidades de saúde, creches, unidades habitacionais e quadras esportivas. O recurso não poderá ser gasto em pagamento de pessoal ou veículos, exceto caminhões-pipa e de lixo, dívidas e despesas correntes em geral.

"O Tribunal de Contas faz o acompanhamento em tempo real desses recursos aplicados pelos municípios. Tal medida é capaz de prevenir possíveis atos ilícitos, sanar erros e, assim, garantir a aplicação correta da utilização desses recursos públicos recebidos pelos 853 municípios mineiros. Para isso, é fundamental que os gestores informem ao TCE-MG, tempestivamente, a prestação de contas desses valores", afirmou o tribunal em nota.

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O acordo com a mineradora foi assinado no dia 4 de fevereiro de 2021, dois anos após o rompimento do reservatório de minério. A tragédia, ocorrida em 25 de janeiro de 2019, matou 270 pessoas. Seis delas ainda não foram encontradas.

Relembre os detalhe sobre a assinatura do acordo e liberação do dinheiro:

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