O Serviço de Inteligência da PF (Polícia Federal) identificou um possível esquema em que envolvidos na delação premiada do publicitário Marcos Valério estariam “cooptando testemunhas” para tentar obstruir a homologação da delação no STF (Supremo Tribunal Federal). Valério foi convocado a prestar depoimento, na manhã desta sexta-feira (18), na sede da PF em Belo Horizonte, para esclarecer o caso.
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Segundo o delegado Regional de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais, Marcílio Zocrato, a tentativa de obstrução dos citados na colaboração, pode atrapalhar o andamento da delação e as investigações.
No mês passado, Valério assinou um acordo de delação premiada com a PF, que ainda precisa ser homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com Zocrato, o novo depoimento do empresário não vai alterar o conteúdo da delação, uma vez que ela já foi gravada. O teor não foi divulgado devido a uma cláusula de confidencialidade.
Condenação
Desde 2013, Valério cumpre pena de 37 anos e cinco meses de prisão por envolvimento no esquema do mensalão do PT e ainda é réu no processo conhecido como “Mensalão Tucano”. No mês passado, o empresário foi transferido da penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, para a Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) de Sete Lagoas, na região Central de Minas Gerais. A transferência do condenado estava prevista como contrapartida no acordo firmado com a PF.
Veja o momento em que Marcos Valério chegou à sede da PF: