Sessão ocorre no 1º Tribunal do Júri da capital
Record MinasCom quase uma hora de atraso, começou o julgamento de quatro réus acusados de matar quatro pessoas. A "Chacina de Vespasiano" ocorreu em fevereiro de 2012, no Conjunto Zilah Spósito, na região norte de Belo Horizonte. Porém, os corpos das vítimas, de 17 a 21 anos, foram encontrados no bairro Jardim da Glória, em Vespasiano, na Grande BH.
O júri popular de Sting da Silva Rufino, Juliano Rodrigues de Souza, Robson Alexandre Ferreira Gandra e Ronam Miranda da Silva ocorre no 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte e a sessão é presidida pelo juiz Carlos Henrique Perpétuo Braga. O quarteto foi denunciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Logo no começo do júri, todas as 37 testemunhas foram dispensadas de serem ouvidas pela acusação e pela defesa. O MP (Ministério Público) é representado pelo promotor Cláudio Maia de Barros e os réus são defendidos pelo advogado Tiago Lenoir Moreira. Dos quatro acusados, apenas um está solto.
O primeiro a ser ouvido pelo juiz Carlos Henrique Perpétuo Braga é Rufino. Ele está preso na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana, há dois anos. O réu afirmou querer sair da cadeia para trabalhar como vidraceiro, que a sua profissão. Além disso, Rufino ainda afirmou estar arrependido por ter ajudado a carregar os corpos das vítimas.
Um quinto envolvido no processo, Paulo Henrique de Lourdes Silva, foi julgado e condenado a 75 anos e seis meses de prisão em setembro de 2013. O processo foi desmembrado porque Silva confessou participação na chacina.
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O crime
De acordo com denúncia do MP, as quatro vítimas foram agredidas com socos e pontapés e ainda enforcadas pelos réus em um barracão no Conjunto Zilah Spósito. Em seguida, os corpos foram abandonados no meio de entulhos e restos de animais em estrada de terra que liga a MG-010 à MG-424, em Vespasiano. O crime foi descoberto por meio de denúncia anônima.