O corpo do taxista morto durante assalto no bairro Jaqueline, na região norte de Belo Horizonte, é velado na manhã desta segunda-feira (17). A cerimônia fúnebre ocorre no Cemitério Bela Vista, em Santa Luzia, na região metropolitana da capital mineira. O enterro está marcado para às 11h.
Sebastião da Silva Dias, de 50 anos, foi esfaqueado por Filipe Leão Mota, de 20. O crime ocorreu no final da noite do último sábado (15), mas o jovem só foi preso no domingo (16), após confessar o homicídio para a mãe e ser denunciado por ela.
O jovem foi apresentado à imprensa pela coronel Claúdia Romualdo, chefe do CPC (Comando de Policiamento da Capital), e o crime registrado como latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte.
Mota já tinha passagens pela polícia por tráfico de drogas e roubo, inclusive contra taxistas. Por coincidência ou não, ele é filho de taxista, que foi assassinado em 1998.
Na delegacia, ele pareceu não estar arrependido, confessou ser usuário de cocaína e ainda alegou que o taxista foi morto porque reagiu. O jovem também teve a audácia de mandar recado para colegas de trabalho da vítima.
— Não reagem a assalto não.
Manifestação
Revoltados com a morte de Dias, em torno de 50 taxistas fizeram um buzinaço na Praça Diogo de Vasconcelos, na Savassi, região centro-sul da capital mineira. Os motoristas queimaram pneus na tentativa de cobrarem mais segurança para o exercício da profissão de taxista em BH e região metropolitana.