Na reta final, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid-19, que investiga a atuação da Prefeitura de Belo Horizonte no combate à pandemia, vai realizar acareações com a presença de secretários municipais na próxima semana. O objetivo é tirar eventuais dúvidas sobre assuntos que já foram levantados pelo colegiado ao longo das investigações.
Na quarta-feira (3), a secretária de Educação, Angela Dalben, vai estar frente a frente com a subsecretária de Planejamento, Gestão e Finanças da pasta, Natália Araújo. O objetivo é esclarecer as ações da secretaria durante a pandemia.
A secretária e a subsecretária foram convocadas a prestar esclarecimentos por três vereadores - Flávia Borja (Avante), José Ferreira (PP) e Nikolas Ferreira (PRTB). Segundo eles, a pasta não respondeu a diversos questionamentos feitos pela CPI nos últimos meses.
Desde o início dos trabalhos os vereadores criticam a atuação de Dalben com relação ao funcionamento das escolas municipais, que ficaram fechadas por cerca de 18 meses devido à pandemia da covid-19.
Shopping Oi
No dia seguinte (4) está prevista uma acareação entre o secretário de saúde, Jackson Machado, e o proprietário do Shopping Oiapoque, Mário Valadares. Os parlamentares querem esclarecer divergências que surgiram ao longo da investigação sobre a doação de equipamentos médicos pelo shopping popular à prefeitura.
Em maio do ano passado, um decreto do prefeito Alexandre Kalil (PSD), quando boa parte do comércio da cidade estava fechado, permitiu o funcionamento de shoppings populares da cidade.
Quem também será ouvida pela CPI, sobre o mesmo assunto, é a coordenadora de Engenharia Clínica, Débora Morgado, para explicar sobre a sua atuação na doação de oito ventiladores pulmonares. A comissão quer entender qual a atuação da técnica, que assinou o relatório descritivo que apontou que tipo de material a rede municipal de saúde tinha necessidade à época.
Fim da CPI
A CPI da Covid-19, instalada em maio deste ano, tem previsão de encerramento para o dia 11 de novembro. Uma outra comissão, apelidada de CPI do Uso da Máquina Pública, foi criada para dar continuidade a investigações de supostas irregularidades dentro da Prefeitura de Belo Horizonte.