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Deputados cobram explicações da PM sobre casos de violência no Carnaval de BH

Ações truculentas no Bloco da Bicicletinha e Tchanzinho da Zona Norte foram lembradas

Minas Gerais|Do R7

Integrante do Bloco da Bicicletinha foi imobilizado por militar
Integrante do Bloco da Bicicletinha foi imobilizado por militar Integrante do Bloco da Bicicletinha foi imobilizado por militar

As comissões de Direitos Humanos e de Participação Popular da Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovaram uma série de pedidos de esclarecimentos a órgãos públicos sobre as denúncias de agressões cometidas pela Polícia Militar durante o Carnaval de Belo Horizonte.

Durante audiência nesta quarta-feira (30) foram relatadas as ações truculentas da corporação contra os membros do Bloco da Bicicletinha e Tchanzinho da Zona Norte nos dias que antecederam o Carnaval na capital. Entre os requerimentos aprovados está a solicitação de informação à Corregedoria da PM sobre os fatos ocorridos e pedido à Prefeitura de Belo Horizonte das imagens das câmeras do Olho Vivo nos dias e locais onde teriam ocorrido as agressões.

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Na reunião, a integrante do grupo "Muitas pela Cidade que Queremos", Morgana Rissinger, relatou que quando o Bloco da Bicicletinha desfilava na região da praça Raul Soares, no centro da cidade, e contava com cerca de 500 pessoas, um dos seus membros teria sido atropelado por uma viatura da Rotam.

Depois disso, esta pessoa teria sido presa, agredida e encaminhada para um batalhão. "Além disso, as pessoas que tentavam protegê-la sofreram ataques com bombas, tiros de bala de borracha e diversas agressões físicas. Já nos reunimos com a PM, mas ainda não tivemos respostas às nossas reivindicações", explicou Morgana. Em sua fala, ela cobrou o fato do folião detido não ter sido levado para uma delegacia de Polícia Civil para ser ouvido.

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O representante do Bloco da Bicicletinha, André Toledo, lamentou o fato e lembrou que o grupo nada mais é que uma manifestação cultural, popular e urbana que tem como objetivo mostrar como pode ser divertido e seguro ocupar a cidade com bicicletas.

Metrô

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Outro caso foi relatado pela representante do bloco Tchanzinho Zona Norte, Laila Heringer. De acordo com ela, o grupo desfila desde 2013 sem o acompanhamento da polícia e nunca foram registrados problemas de violência ou necessidade de intervenção no trânsito. De acordo com Laila, este ano, a corporação se fez presente e houve ações truculentas na estação do metrô do bairro 1º de maio.

"A Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU) não se preparou para receber os membros do bloco. Com isso, a PM interveio com agressividade, o que ocasionou vários feridos", salientou Laila.

O vereador Pedro Patrus, que pediu a reunião às comissões da ALMG, disse que houve agressão por parte da PM e lamentou a ausência de representantes da corporação. Explicou, ainda, que houve uma atividade na Câmara dos Vereadores com o mesmo objetivo, em que foi pleiteado o desarmamento da polícia nos blocos e a compreensão de que o Carnaval é um momento de manifestação cultural e social. "As únicas quatro ocorrências de violência registradas no Carnaval deste ano foram cometidas por parte da polícia. É preciso diálogo e medida de força", pediu.

O deputado Cristiano Silveira fez coro ao lamentar a ausência de representantes da Corregedoria e da Ouvidoria da PM. Para ele, seria fundamental esta participação para que pudessem ser dadas respostas às denúncias de agressão feitas pelos foliões dos blocos.

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