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Dia das Mães: pai homenageia mulher de promotor morta em BH

Marco Aurélio Silva deixou uma coroa de flores onde o ex-genro está preso, acusado de feminicídio; Lorenza deixou cinco filhos 

Minas Gerais|Vinícius Araújo, da Record TV Minas

O pai de Lorenza de Pinho, morta em abril deste ano dentro do apartamento onde vivia com o marido, o promotor de Justiça André Luís Garcia de Pinho, homenageou a filha neste domingo (9), quando se comemorou o Dia das Mães. 

Marco Aurélio Silva deixou uma coroa de flores em frente à Academia de Bombeiros Militar, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, onde o ex-genro está preso por suspeita de feminicídio.

Pai de Lorenza pede justiça pela filha
Pai de Lorenza pede justiça pela filha Pai de Lorenza pede justiça pela filha

O gesto foi uma homenagem a Lorenza no Dia das Mães. Ela deixou cinco filhos.

— Isso é uma homenagem ao dia das mães da minha filha Lorenza, que não pôde participar de um abraço fraterno dos seus filhos hoje.

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Marco Aurélio pede justiça por Lorenza. Ele quer que o promotor André Pinho vá para uma penitenciária e, caso seja considerado culpado, pague pelo crime.

Os cinco filhos, que tem entre dois e 16 anos de idade, estão vivendo há um mês com um médico, amigo do casal. O avô tem conversado com os netos por um aplicativo de troca de mensagens, mas, segundo ele, não pode dar informações sobre o processo de guarda das crianças, por ordem da Justiça.

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O procurador geral de justiça, Jarbas Soares Júnior, anunciou neste sábado (8) que será substituído no processo pelo procurador André Ubaldino, da promotoria de crimes dolosos contra a vida.

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Relembre o caso

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Lorenza Maria da Silva Pinho, de 41 anos, morreu no dia 2 de abril deste ano, no apartamento onde morava com o marido, o promotor de justiça André Luiz Garcia de Pinho, e os cinco filhos, no bairro Buritis, região Oeste de Belo Horizonte. 

De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais, que ficou a cargo das investigações, a mulher foi assassinada pelo marido, que foi denunciado pelo MP, à Justiça.

Para os investigadores, o promotor alegou que ela teria se engasgado após fazer uso de remédios e bebidas alcoólicas. 

Ainda segundo a denúncia do MP, após a morte de Lorenza, André de Pinho ligou para um médico que costumava atender Lorenza em um hospital de Belo Horizonte e ele compareceu à casa do promotor, onde assinou atestado de óbito que justificativa a versão de André. O médico também chamou um outro colega para assinar o documento. 

Ambos os médicos que atenderam a mulher e assinaram o atestado de óbito vão responder por falsidade ideológica. O documento afirma que a causa da morte foi uma “pneumonite, devido a alimento ou vômito, e autointoxicação por exposição intencional a outras drogas.”

Investigação

A Polícia Civil de Minas Gerais impediu que o promotor cremasse a mulher e ordenou que o corpo dela fosse encaminhado ao Instituto Médico Legal. O laudo da necrópsia indicou que Lorenza teria sido sufocada. O trabalho da perícia também incluiu a análise de cartas escritas pela mulher que revelavam como estava a vida do casal.

A força tarefa do Ministério Público e da Polícia Civil ouviu 22 pessoas e assistiu mais de 100 horas de imagens do circuito de câmeras do prédio onde Lorenza morava.

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