Eletricista atribui recuperação à fé em Deus
Record MinasHá sete meses, o eletricista Carlos Eduardo da Silva, de 41 anos, viveu o maior pesadelo de sua vida até então. Ele foi baleado na cabeça durante um assalto em Montes Claros, no norte de Minas. A situação era grave: os médicos chegaram a alertar a família de que ele tinha poucas chances de sobreviver. Agora, no entanto, ele comemora a segunda chance que ganhou da vida e volta, aos poucos, à rotina normal.
Silva estava com um amigo em um ponto de ônibus e havia acabado de sacar R$ 15 mil para o pagamento dos funcionários da empresa onde trabalhava. Eles foram abordados por dois criminosos e um deles apontou a arma para a cabeça da vítima. O eletricista chegou a esticar a mão para entregar o malote, mas foi ferido mesmo assim. A bala ficou alojada entre o nariz e o olho e não foi retirada.
— Eu vi tudo, eu me vi sangrando, vi o momento em que fui entubado, vi o médico falar com a minha patroa que a parte dele estava feita, que agora era eu e Deus.
Consciente de tudo o que ocorria, ele conta que manteve a fé e pensou no filho de 13 anos, Carlos Eduardo Júnior, para ter forças para a recuperação. A 100 km dali, na cidade de Itacambira, o jovem descobria o que tinha acontecido com o pai de forma traumática: ele recebeu por celular as fotos de Silva ferido.
— Eu estava mexendo no celular, ele apitou e quando fui olhar não acreditei que era ele.
O susto fez com que o garoto passasse mal e precisasse ser sedado. Pai e filho se aproximaram ainda mais depois da tragédia.
— Ele sempre foi muito apegado a mim, ele é meu único filho e agora Deus me deu mais uma chance de ser ainda melhor do que eu já era.