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Elevado Castelo Branco é rebatizado como Helena Greco

Viaduto homenageava ditador desde 1971; mudança ocorre no aniversário dos 50 anos do golpe

Minas Gerais|Enzo Menezes, do R7

Dona Helena Greco lutou pelo fim das perseguições políticas na ditadura militar
Dona Helena Greco lutou pelo fim das perseguições políticas na ditadura militar Dona Helena Greco lutou pelo fim das perseguições políticas na ditadura militar

A uma semana do aniversário de 50 anos do golpe militar, Belo Horizonte troca o nome de um viaduto que homenageava um ditador por uma militante dos direitos humanos nos anos de chumbo. A Câmara Municipal aprovou, na tarde desta terça-feira (25), projeto de lei que dá o nome de Helena Greco para o viaduto que ficou conhecido como Elevado Castelo Branco, que liga a região noroeste ao centro.

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A mudança, aprovada agora com o PL 646/13, de autoria do vereador Tarcísio Caixeta (PT), começou a ser discutida na Câmara no começo da década, mas era barrada porque integrantes da bancada governista discordavam de homenagens a personalidades que lutaram contra a ditadura militar. O texto agora segue para análise do prefeito Marcio Lacerda (PSB). 

Filha de Helena Greco e presidente do instituto que leva o nome da mãe, Heloísa Greco não sabia que a mudança seria votada nesta tarde. Ela destaca que a manifestação marcada para ocorrer no viaduto no dia 1º de abril em repúdio ao golpe será marcada pela troca do nome.

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— Essa lei é fruto de muita luta. Não se conseguia aprovar a mudança por causa da "bancada da bala" que existe na Câmara. A manifestação que marcamos para o dia 1º, além do repúdio ao golpe, será o resultado da nossa luta.

Com o batismo, o viaduto volta a ter oficialmente um nome. O decreto de 1971 que nomeava o viaduto de Marechal Castelo Branco foi revogado em 2012 e, desde então, o elevado estava sem identificação. Esta é a terceira troca de nomes relacionados à ditadura em BH. Em 2012, o Viaduto Costa e Silva se tornou José Maria Magalhães. Em 1983, a rua Dan Mitrione ganhou o nome do dirigente da UNE José Carlos da Mata Machado.

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Helena Greco

Nascida em Abaeté (MG) em 1916, começou a militar em grupos de defesa direitos humanos aos 61 anos. Pedindo o fim da ditadura, ajudou a fundar o Movimento Feminino pela Anistia em Minas e atuou no grupo Tortura Nunca Mais. Socialista, contribuiu para a fundação no PT no Estado e foi vereadora de BH pelo partido em 1982. Helena Greco morreu em 2011 aos 95 anos.

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