Sete detentos que sofreram queimaduras em razão de um início de motim no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves (MG), apresentam quadro grave e terão que passar por cirurgia. Eles foram internados no Hospital João 23, no centro de Belo Horizonte, referência para casos de queimados. Ao todo, 18 pessoas privadas de liberdade tiveram problemas causados por um incêndio na penitenciária na tarde desta quinta-feira (4).
De acordo com a Fhemig (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais), que administra a unidade de saúde, todos os sete "estão com o quadro clínico muito grave e terão que passar por procedimentos cirúrgicos recomendados nos casos de queimadura grave".
Segundo a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), sete detentos foram levados para hospitais da capital mineira e de Ribeirão das Neves em carros dos bombeiros e do Samu. Cinco foram levados em helicóptero, com queimaduras graves, e os outros seis foram atendidos pela equipe médica da própria unidade prisional.
A secretaria descartou ter havido motim no local – afirmou que um dos detentos ateou fogo em um colchão e, por causa do vento, as chamas se espalharam. No entanto, o presídio está superlotado, de acordo com policiais penais que trabalham no local e foram ouvidos pela RecordTV Minas. Isso pode ter sido uma das motivações do incidente.
"O ocorrido na unidade não foi uma rebelião, e no momento a ação já está controlada no interior da unidade prisional. A direção do presídio vai instaurar um procedimento interno de investigação para apurar administrativamente o fato. O Depen-MG seguirá acompanhando o estado de saúde de todos os custodiados. Nenhum servidor foi atingido", informa a Pasta.