Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Empresário mineiro monta escritório de fábrica dentro de presídio 

Há três anos, empresa funciona em um galpão dentro da Penitenciária Nelson Hungria

Minas Gerais|Do R7

Quarenta e um presos trabalhão no galpão de produção de bolas no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem
Quarenta e um presos trabalhão no galpão de produção de bolas no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem Quarenta e um presos trabalhão no galpão de produção de bolas no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem

Uma linha de produção dentro das dependências do Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. É assim que funciona a fábrica de bolas esportivas do empresário Tarcísio Rodrigues da Cruz, de 74 anos.

Por dez anos, ele manteve a produção em uma fábrica instalada no bairro Glória, região noroeste de Belo Horizonte. Mas, há três anos, firmou uma parceria com a Seds (Secretaria de Estado de Defesa Social) para produzir as bolas utilizando a mão de obra de presos.

Leia mais notícias no R7 MG

Detentos produzem tricô, origamis e até cadeiras de rodas em presídios de MG

Publicidade

— Minhas filhas acharam que eu estava ficando doido. Como já sou mais velho, ameaçaram até me interditar. Tive que trazer toda a família aqui para provar que se tratava de coisa séria e que estava fazendo um bom negócio.

E, para controlar a produção, Cruz mantem um escritório dentro da unidade prisional, onde administra os pedidos, monta o mostruário de produtos e acompanha o trabalho dos 41 detidos que trabalham na fábrica.

Publicidade

Mas, quando ele não pode ir até o presídio, a produção fica por conta do detento Rogério Alan, de 34 anos. Ele foi condenado a 92 anos de prisão pelo crime de homicídio e já cumpriu 11 anos da pena. Atualmente, ele é o coordenador de produção e responsável pelo trabalho na ausência do patrão.

— Posso confiar no trabalho desenvolvido pelos meus funcionários. E o Rogério é um ótimo gerente.

Os 41 presos trabalham oito horas por dia no galpão de produção. Outros 50 detentos trabalham dentro das celas, na costura dos gomos das bolas de futebol. Ao todo, são 400 unidades produzidas por dia entre bolas de futebol de salão, de campo, de vôlei, handball, ginástica e as usadas por cegos, com guizo interno.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.