Um estudo do Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais) feito a pedido do MP (Ministério Público) aponta o mau funcionamento de 85% portas das estações do Move em Belo Horizonte. Agora, o promotor Eduardo Nepomuceno cobra uma posição do poder público já que o investimento no sistema de portas automáticas foi de cerca de R$ 30 milhões.
— O administrador público tem que justificar por que fez a opção por essa tecnologia mais cara. E nós como contribuintes esperamos que o produto mais caro funcione.
Foram vistoriadas 808 portas em 90 estações do Move na capital mineira e o resultado do estudo impressiona. Na avenida Pedro 1º, 92% das portas não funcionam e na avenida Cristiano Machado são 84%. Já na avenida Antônio Carlos, 81% delas estão danificadas.
De acordo com o promotor, a Prefeitura já foi questionada sobre o problema, mas nega o mau funcionamento do sistema.
— Diz que não há problemas com essas portas e que pode ter ocorrido logo na implantação algum problema de instalação, mas que foram corrigidos.
Em dezembro do ano passado, um rapaz de 24 anos morreu após ser atingido por um ônibus em uma das plataformas do Move que estava com a porta quebrada.
— Esse acidente, inclusive, pode custar ainda mais caro para o contribuinte que vão ter que arcar com as indenizações para as vítimas e familiares.
Ainda conforme o MP, os reparos no sistema deve ser feito imediatamente e apurar as responsabilidade de quem realizou a entrega do produto.