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Ex-policiais acusados de executar tio e sobrinho em BH vão a julgamento

Segundo MP, dupla forjou tiroteio para matar vítimas; advogado diz que foi legítima defesa

Minas Gerais|Enzo Menezes, do R7

Renilson e Jefferson foram mortos à queima-roupa por soldados, que tentaram simular troca de tiros com traficantes
Renilson e Jefferson foram mortos à queima-roupa por soldados, que tentaram simular troca de tiros com traficantes Renilson e Jefferson foram mortos à queima-roupa por soldados, que tentaram simular troca de tiros com traficantes

Dois anos e dez meses depois da morte de dois moradores do Aglomerado da Serra, na região centro-sul de Belo Horizonte, em uma incursão da Polícia Militar, dois ex-soldados acusados de participar das execuções sentam-se no banco dos réus nesta sexta-feira (6).

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Jason Ferreira Paschoalino e Jonas David da Silva estão presos desde outubro na Penitenciária Jason Soares Albergaria, em São Joaquim de Bicas, na Grande BH, quando foram expulsos da PM.

Eles são acusados de matar o enfermeiro Renilson Veriano da Silva, 37 anos, confundido com um traficante, e o sobrinho da vítima, Jefferson Coelho da Silva, 17 anos, que tentou socorrer o tio e também foi atingido com tiros de fuzil à queima roupa. Os ex-policiais, que afirmam terem sido recebidos a tiros, são acusados ainda de alterar o local do crime para forjar um tiroteio com traficantes.

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Pela morte de Renilson, eles respondem por homicídio duplamente qualificado - motivo fútil e emprego de recurso que impossibilitou defesa da vítima. Quanto ao crime contra Jefferson, as qualificadoras são assegurar a impunidade da morte do tio e recurso que impossibilitou a defesa. Jason e Jonas respondem ainda por porte ilegal de arma de fogo. Somadas, as penas podem chegar a 130 anos.

Defesa justifica legítima defesa

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Agnaldo de Aquino, advogado de Jonas da Silva, vai tentar convencer os jurados que o ex-soldado agiu em legítima defesa. Ele quer apresentar gravações da chamada da ocorrência para tentar o ex-policial da acusação de alterar o local do crime para forjar um tiroteio.

— Ele estava no estrito cumprimento do dever legal. Em um primeiro momento, vamos trabalhar com a teste de legítima defesa. Não houve montagem [do local], o tiroteio foi antecipado via rádio. O policial que estava na cabine do 22º Batalhão, inclusive, afirma pela rede que dava para ouvir os tiros.

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O defensor de Jason Paschoalino, Ercio Quaresma, não quis comentar o caso. O promotor responsável pela acusação não foi encontrado.

Outros dois militares teriam participado da incursão no Aglomerado da Serra na madrugada do dia 19 de fevereiro de 2011. O cabo Fábio de Oliveira, comandante da operação, suicidou na prisão. O soldado Adelmo Zuccheratte chegou a ser preso, mas foi liberado.

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