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Ex-presidente da Fiemg depõe por três horas na Polícia Federal em BH

Olavo Machado negou ter cometido irregularidades, disse ter respondido todas as perguntas, mas que não poderia fornecer detalhes

Minas Gerais|Ezequiel Fagundes, da Record TV Minas

Olavo Machado foi ouvido por cerca de três horas
Olavo Machado foi ouvido por cerca de três horas Olavo Machado foi ouvido por cerca de três horas

O ex-presidente da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) Olavo Machado Junior prestou depoimento, nesta sexta feira dia (22), na sede da PF (Polícia Federal) em Belo Horizonte. 

O jornalismo da Record TV registrou, com exclusividade, a chegada e a saída do ex-presidente Fiemg na delegacia. O interrogatório durou três horas.

Em rápida entrevista, Olavo Machado negou ter cometido irregularidades, disse ter respondido todas as perguntas feitas pelo delegado, mas que não poderia fornecer detalhes, pois a investigação corre em segredo de Justiça.

Olavo Machado é investigado na Operação Fantoche, desencadeada nesta quarta-feira dia (20) para investigar um suposto esquema de desvios de verbas do Ministério do Turismo nos governos do ex-presidente Lula e Dilma Rousseff.

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No dia da ação, a PF realizou busca e apreensão de documentos na casa dele, no bairro São Bento, centro-sul de Belo Horizonte. Foram apreendidos documentos e equipamentos de informática. A sede da Fiemg, na avenida do Contorno, no bairro Funcionários, também foi alvo de buscas.

Antecessor de Olavo na Fiemg, o empresário Robson Andrade, presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), chegou a ter mandado de prisão temporária expedido pela Justiça.

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Andrade foi detido em Brasília, prestou depoimento, e a ordem de detenção foi revogada. Por determinação da Justiça, ele foi afastado da presidência da CNI.

Andrade e Machado foram presidentes da Fiemg por 16 anos, de 2002 a 2018. A Fiemg, por meio de nota, informou que está colaborando com a investigação. 

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Investigação

A Operação Fantoche, de acordo com a PF, desarticulou uma organização criminosa voltada a prática de crimes contra a Administração Pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos, em seis Estados e Distrito Federal. 

Dez mandados de prisão temporária e 40 de busca e apreensão foram cumpridos em Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Paraíba, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Alagoas.

As medidas foram determinadas pela 4ª Vara Federal de Pernambuco, que ainda autorizou o sequestro e bloqueio de bens e valores dos investigados.

Segundo as investigações, um grupo de empresas, sob o controle de um mesmo núcleo familiar, atuou de forma contínua, desde o ano de 2002, executando contratos firmados por meio de convênios com o Ministério do Turismo e entidades paraestatais do intitulado “Sistema S”. Estima-se um desvio de R$ 400 milhões.

A atuação do grupo consistia na utilização de entidades de direito privado, sem fins lucrativos, para justificar celebração de contratos e convênios diretos com o Ministério e Unidades do Sistema S. 

Em Minas, a entidade investigada é a Oscip - (IMDC) Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania, pertencente ao empresário Deivson de Oliveira Vidal. A mansão dele, localizada em um condomínio de luxo em Nova Lima, na Grande BH, foi alvo de buscas.

Em 2013, Vidal foi preso pela PF na Operação Esopo, que descobriu desvios de verbas no Ministério do Trabalho. 

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