O Fepemg (Fórum Permanente de Educação de Minas Gerais) rebateu a secretária de Educação Júlia Sant'Anna de que teria contribuído para a elaboração do protocolo para volta às aulas presenciais no Estado.
Segundo a coordenadora do Fepemg, Analise da Silva, a inclusão do nome do Fórum entre as entidades que construíram o programa gerou "estranhamento".
— Nós não fizemos isso. Pelo contrário. Acreditamos que o vínculo da escola com as famílias deve ser feita de outra forma.
Ainda de acordo com Analise, a Fepemg realizou uma consulta pública com mais de 30 mil pessoas, em que a maioria se mostrou contrária à decisão do retornar às aulas presenciais em meio à pandemia.
— A consulta pública que a gente fez contou com as opiniões de 32.193 pessoas espalhadas em 769 municípios. Nessa consulta, 90,3% dos respondentes informaram que são contrários ao retorno. Nos assustou ver que a secretária disse que o Fórum é uma das entidades que ajudou a construir a estratégia de retorno às aulas.
Resposta
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais informou que a construção das estratégias foi feita por meio de discussões realizadas em encontros virtuais "com diversas entidades ligadas à área educacional".
Segundo a secretaria, a Fepemg "participou de reunião com a SEE/MG, quando foram solicitadas suas considerações e contribuições sobre o assunto".
Volta às aulas
O Governo de Minas anunciou que as cidades que aderiram ao programa Minas Consciente e estiverem classificadas na "Onda Verde" poderão optar por abrir as escolas a partir da próxima segunda-feira (5). A decisão final cabe às prefeituras.
Por enquanto, na rede estadual de ensino, apenas os estudantes do 3º ano do ensino médio têm data para voltar para a sala de aula: dia 19 de outubro. Cálculos do governo apontam que aproximadamente 60 mil alunos estão nesta condição.
Ainda conforme o Executivo, o ano letivo referente a 2020 será concluído em janeiro de 2021. Os alunos terão férias em fevereiro e o ano letivo de 2021 começará em março.