Uma jovem de 12 anos não quer mais ir à escola. Ela foi vítima de colegas, que fizeram uma montagem na internet com o rosto dela em um corpo nu. As imagens foram replicadas e a garota passou a ser alvo de grosserias ao vivo e nas redes sociais. A delegacia de combates a crimes cibernéticos de Belo Horizonte investiga quem iniciou as postagens
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A menina, que mora no bairro Itapoã, na região da Pampulha, sente vergonha de sair de casa, mesmo sabendo que as fotos foram fabricadas.
— Às vezes eu tenho vontade de morrer, para falar a verdade. Todo mundo que passa, me olha. Parece que todo mundo já sabe da foto. Eu queria que alguém se colocasse no meu lugar e visse o que estou
passando. Isso não é coisa para fazer com uma pessoa de 12 anos
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A mãe da garota, Maria José Ribeiro, afirma que é fácil identificar a montagem a partir de cicatrizes e até da cor do corpo.
— Não é ela. A pessoa da foto tem uma
cicatriz na barriga, a gente não sabe definir se é uma cesariana ou
outra cirurgia. O peito tem silicone. O pescoço é mais escuro e mais
gordo, e o cabelo não é o dela
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A jovem foi insultada por 30 alunos da escola estadual onde estudava. E, nas redes sociais, por gente que ela nem conhece.
— Veio uma turma para cima de mim. Todos me chamando de palavrões, e um menino me deu um soco nas costas
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O diretor da escola, Alber Fernandes, diretor, admite que não pode fazer
nada. Procurada pela reportagem, a Secretaria Estadual de Educação não
quis comentar o caso.
— Nós não temos mecanismos hoje para punir. Não podemos expulsar da escola
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A delegada Paloma Kairala investiga as postagens.
— As pessoas identificadas vão responder de acordo com a lei. Se forem menores, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente. Se forem maiores, com o Código Penal