Um advogado acolhe animais silvestres que foram vítimas do tráfico em um sítio em Sete Lagoas, na região centro-oeste de Minas Gerais. Cerca de 75 bichos entre onças, macacos, pássaros e até lhamas, vivem na propriedade.
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Bady Cury conta que a paixão pelos bichos começou quando ainda era criança. — Sempre tive uma preocupação muito grande com bichos em extinção e que sofrem maus tratos. Um dia descobri que você pode ter um recinto para receber os animais frutos do tráfico para mantê-los e dar a eles uma vida digna, já que não podem ser reintroduzidos na natureza.
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A maioria dos bichos é dócil, como esta arara que foi apreendida
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Carinho é palavra de ordem no abrigo e a intimidade de Cury com o hóspedes é grande. Ele faz carinho e deixa até a onça pintada lamber suas mãos. Aquiles foi levado para o abrigo depois que caçadores mataram sua mãe, em Manaus, no Amazonas
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São cerca de 15 espécies diferentes. Entre elas, algumas estão em extinção. Por exemplo, o papagaio do peito roxo
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O macaco barrigudo também está em extinção. As duas espécies ficam em duas ilhas artificiais onde o ambiente natural dos bichos é reproduzido
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Foram criadas pequenas casinhas que servem para os primatas brincarem. Segundo Bady Cury, o objetivo é mantê-los ocupados. — Nós fizemos esses brinquedos de madeira que a gente chama de requecimento ambiental. Às vezes escondemos comida dentro deles para que eles tenham o que fazer.
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Há seis anos o advogado construiu o abrigo que ocupa sete hectares e fica a aproximadamente 85 km de Belo Horizonte
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O responsável por cuidar dos bichos é Evaldo Sabino Silva. Ele usa aproximadamente 40 kg de verduras e legumes e 23 kg de carne por dia para alimentá-los.
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Só o Tigrinho, como foi batizado o animal, come 15 kg de carne
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Além de alimentar os bichos, Silva renova a água duas vezes por dia e limpa o local onde eles ficam. De acordo com ele, a confiança dos hóspedes foi conquistada aos poucos. — No início a gente tem aquele receio, mas já me acostumei e amo o que eu faço.
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Profissionais do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) visitam o espaço regularmente para garantir o bem-estar dos animais