Um série de fotos obtida com exclusividade pela Record mostra Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, condenado pela morte de Eliza Samudio, participando de um churrasco com direito a cachaça e cerveja dentro da cadeia. Um celular e pacotes de carne de boi e linguiça também aparecem em cima da mesa. Segundo a denúncia, as regalias foram registradas na Casa de Custódia da Polícia Civil, em Belo Horizonte, onde o assassino de Eliza cumpre pena por homicídio duplamente qualificado e ocultação do cadáver
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Bola está na Casa de Custódia há oito meses, graças a um recurso de sua defesa. De acordo com a nova Lei Orgânica da Polícia Civil, ex-policiais têm o direito de cumprir pena nesta carceragem, mesmo que tenham sido expulsos da corporação.
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De acordo com o advogado criminalista Anderson Marques, cabe à própria Casa de Custódia verificar como o churrasco aconteceu e como os produtos foram parar lá dentro
— Cabe à casa em que aquele recluso está recolhido verificar se foi uma falha do sistema, se as pessoas entraram com bebida, carnes e celular ou se alguma pessoa do sistema facilitou essa entrada
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Segundo Marques, a separação entre presos policiais garante mais segurança para os detentos:
— Se esse policial ficar junto com outros reclusos, pode acontecer alguma situação que iremos lamentar no futuro, ainda mais se ele tiver prendido alguém que estiver na mesma cela que ele
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Os advogados de Bola ainda não atenderam aos telefonemas da reportagem. Se a Justiça concluir que ele cometeu uma infração, pode ter o tempo de reclusão aumentado e perder benefícios por bom comportamento