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Em Minas, pelo menos três animais são vítimas de maus-tratos por dia

Delegacia Especializada registrou 1.101 ocorrências em 2014

Minas Gerais|frmiguel

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É cada vez mais comum em Minas Gerais vir à tona denúncias de agressões contra animais. Casos de espancamento e abandono são recebidos diariamente pela única delegacia especializada neste tipo de delito no Estado, que fica em Belo Horizonte. Inaugurada em janeiro de 2013, ela já registrou 2.115 ocorrências, sendo a grande maioria referente à maus tratos contra os bichinhos. De 2013 para 2014, os números cresceram cerca de 8,6%, passando de 1.014 boletins para 1.101. Recentemente, um homem conhecido como Rubão, matou dois filhotes a pauladas em Governador Valadares e ainda deixou a mãe dos animais sem um dos olhos por causa das agressões Texto e entrevista: Márcia Costanti, do R7, em Belo Horizonte
O delegado Aloísio Daniel Fagundes, titular da delegacia, atribui o crescimento à maior conscientização da população. Ele ressalta que o departamento foi criado justamente para atender à demanda cobrada pela sociedade. — Esta questão já vinha tendo uma preocupação maior das pessoas e uma cobrança principalmente de ONGs e movimentos de defesa de animais. Acredito que o número cresceu pelo próprio fato de a delegacia ser um referencial, a pessoa agora tem onde procurar tratamento adequado para este tipo de ocorrência . Em São Francisco de Paula, no centro-oeste do Estado, um cachorro foi arrastado por um motorista de 54 por cerca de 900 m. Ele alegou que se esqueceu de que o animal estava preso ao veículo 
Além de crimes de maus tratos, a delegacia atende ainda casos de animais silvestres em cativeiros, dentre outros tipos de denúncia. Aloísio explica que, atualmente, o crime de maus tratos é considerado de menor potencial ofensivo e prevê pena de três meses a um ano de prisão. No entanto, quem for denunciado por aguardar o julgamento em liberdade, desde que se comprometa a contribuir com as investigações. Recentemente, em Belo Horizonte, uma ONG denunciou a situação das capivaras capturadas pela prefeitura na Lagoa da Pampulha. Conforme os ativistas, vários animais morreram por causa das condições precárias em que estão sendo mantidos
Ainda conforme o delegado, a lei não estipula agravantes para cada tipo de situação. Somente quando o animal é morto existe uma elevação na pena, mas, ainda assim, não chega a ser um fator significante. — Para qualquer tipo de maus tratos, a pena é sempre a mesma. Então se a pessoa bate em um cachorro ou enforca dez animais, a punição é igual. O que se pede hoje em dia é que a legislação estipule medidas mais drásticas para quem é reincidente ou para os crimes mais cruéis. No sul de Minas, um cachorrinho foi mantido desde filhote com uma corda amarrada no pescoço. Ele foi salvo por uma menina de apenas oito anos e cuidado por veterinários
O delegado avalia, no entanto, que o “efeito pedagógico” da punição é efetivo, já que a delegacia verifica baixa reincidência. Para ele, não há um perfil específico de pessoa que comete este tipo de delito. Na região da Pampulha, na capital mineira, uma cadela de um ano e nove meses foi morta por um policial civil. O homem teria ficado indignado porque a cachorra Pitty assustou sua mulher
No entanto, Aloísio constata que, em geral, são pessoas que não possuem vínculos com o animal vítima dos abusos — Pode ser o próprio dono como pode ser cometido por terceiros por pura crueldade, contra animais em via pública. Mas a gente verifica que geralmente não há um vínculo de afeto e, por isso, este animal está mais sujeito a este tipo de crime. A funcionária de uma academia de Belo Horizonte foi demitida por denunciar maus tratos contra duas cadelas que viviam nos fundos do estabelecimento. Um dos animais morreu

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É cada vez mais comum em Minas Gerais vir à tona denúncias de agressões contra animais. Casos de espancamento e abandono são recebidos diariamente pela única delegacia especializada neste tipo de delito no Estado, que fica em Belo Horizonte. Inaugurada em janeiro de 2013, ela já registrou 2.115 ocorrências, sendo a grande maioria referente à maus tratos contra os bichinhos. De 2013 para 2014, os números cresceram cerca de 8,6%, passando de 1.014 boletins para 1.101. Recentemente, um homem conhecido como Rubão, matou dois filhotes a pauladas em Governador Valadares e ainda deixou a mãe dos animais sem um dos olhos por causa das agressões Texto e entrevista: Márcia Costanti, do R7, em Belo Horizonte
O delegado Aloísio Daniel Fagundes, titular da delegacia, atribui o crescimento à maior conscientização da população. Ele ressalta que o departamento foi criado justamente para atender à demanda cobrada pela sociedade. — Esta questão já vinha tendo uma preocupação maior das pessoas e uma cobrança principalmente de ONGs e movimentos de defesa de animais. Acredito que o número cresceu pelo próprio fato de a delegacia ser um referencial, a pessoa agora tem onde procurar tratamento adequado para este tipo de ocorrência . Em São Francisco de Paula, no centro-oeste do Estado, um cachorro foi arrastado por um motorista de 54 por cerca de 900 m. Ele alegou que se esqueceu de que o animal estava preso ao veículo 
Além de crimes de maus tratos, a delegacia atende ainda casos de animais silvestres em cativeiros, dentre outros tipos de denúncia. Aloísio explica que, atualmente, o crime de maus tratos é considerado de menor potencial ofensivo e prevê pena de três meses a um ano de prisão. No entanto, quem for denunciado por aguardar o julgamento em liberdade, desde que se comprometa a contribuir com as investigações. Recentemente, em Belo Horizonte, uma ONG denunciou a situação das capivaras capturadas pela prefeitura na Lagoa da Pampulha. Conforme os ativistas, vários animais morreram por causa das condições precárias em que estão sendo mantidos
Ainda conforme o delegado, a lei não estipula agravantes para cada tipo de situação. Somente quando o animal é morto existe uma elevação na pena, mas, ainda assim, não chega a ser um fator significante. — Para qualquer tipo de maus tratos, a pena é sempre a mesma. Então se a pessoa bate em um cachorro ou enforca dez animais, a punição é igual. O que se pede hoje em dia é que a legislação estipule medidas mais drásticas para quem é reincidente ou para os crimes mais cruéis. No sul de Minas, um cachorrinho foi mantido desde filhote com uma corda amarrada no pescoço. Ele foi salvo por uma menina de apenas oito anos e cuidado por veterinários
O delegado avalia, no entanto, que o “efeito pedagógico” da punição é efetivo, já que a delegacia verifica baixa reincidência. Para ele, não há um perfil específico de pessoa que comete este tipo de delito. Na região da Pampulha, na capital mineira, uma cadela de um ano e nove meses foi morta por um policial civil. O homem teria ficado indignado porque a cachorra Pitty assustou sua mulher
No entanto, Aloísio constata que, em geral, são pessoas que não possuem vínculos com o animal vítima dos abusos — Pode ser o próprio dono como pode ser cometido por terceiros por pura crueldade, contra animais em via pública. Mas a gente verifica que geralmente não há um vínculo de afeto e, por isso, este animal está mais sujeito a este tipo de crime. A funcionária de uma academia de Belo Horizonte foi demitida por denunciar maus tratos contra duas cadelas que viviam nos fundos do estabelecimento. Um dos animais morreu

É cada vez mais comum em Minas Gerais vir à tona denúncias de agressões contra animais. Casos de espancamento e abandono são recebidos diariamente pela única delegacia especializada neste tipo de delito no Estado, que fica em Belo Horizonte. Inaugurada em janeiro de 2013, ela já registrou 2.115 ocorrências, sendo a grande maioria referente à maus tratos contra os bichinhos. De 2013 para 2014, os números cresceram cerca de 8,6%, passando de 1.014 boletins para 1.101. Recentemente, um homem conhecido como Rubão, matou dois filhotes a pauladas em Governador Valadares e ainda deixou a mãe dos animais sem um dos olhos por causa das agressões Texto e entrevista: Márcia Costanti, do R7, em Belo Horizonte

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