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Hospital fica sem anestesista para operar homem esfaqueado

Situação foi relatada em conversa telefônica entre médica e diretor de hospital

Minas Gerais|Do R7

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Uma gravação telefônica entre uma suposta médica e o diretor do Hospital Municipal de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, comprova a falta de anestesista na instituição. Os dois discutiam o problema enquanto um paciente esfaqueado esperava pelo atendimento. (Veja mais)
No áudio, a médica diz ao diretor que precisa de um anestesista para realizar uma cirurgia em um paciente.  — Eu tenho um paciente no Ressaca que foi esfaqueado, está com a barriga aberta e tem que vir para cá e eu não tenho como entrar com ele no bloco. O que eu vou fazer? Eu vou chamar a polícia para falar que não tem condições de trabalho. O diretor diz que não tem o profissional disponível e tenta convencê-la a não acionar os militares, mas questionado sobre o que poderia ser feito, não apresenta uma solução. — Não sei. (Veja mais)
Um médico, que trabalha na unidade, faz outras denúncias. Ele teme ser retalhado e prefere não mostrar o rosto. — Quando uma pessoa, por exemplo, tira férias, não tem outra para cobri-la. Muitas vezes quem sofre com isso é a população. (Veja mais)
A Secretaria Municipal de Saúde de Contagem confirmou que houve falta de um anestesista no plantão do feriado. De acordo com Ricardo Leroy (foto), superintendente do hospital, a instituição não conseguiu encontrar um substituto para um médico afastado, em tempo hábil. — Aconteceu na sexta-feira, do dia 30 de setembro. O nosso anestesista efetivo da casa apresentou uma licença médica e a equipe do hospital correu atrás da substituição dele nesse dia, mas não conseguimos. (Veja mais)
Fotos mostram os corredores do hospital com pacientes por todos os lados. Nas imagens é possível ver restos de material de construção, chão irregular e sujeira espalhada nos banheiros. Segundo o médico que trabalha na instituição e que não quis ser identificado, também faltam materiais de trabalho. — Faltam diversos materiais como de sutura e luvinha para lavar a mão para poder operar. Os materiais atuais estão cada vez mais sucateados. (Veja mais)
Leroy explica que o prédio precisou de passar por reparos e o funcionamento não foi interrompido. Mas segundo ele, os pacientes que ficam no corredor são os que estão de observação. — Teve um problema no corredor do hospital e nós tivemos que cimentar um buraco. O hospital é 24 horas e naquele corredor ficam pacientes com menos gravidade. (Veja mais)
Além dos moradores da própria cidade, o Hospital Municipal de Contagem é referência para a população dos municípios de Sarzedo e Ibirité, também na Grande BH. Nele são feitas 5.000 internações e 38 mil atendimentos, por ano. Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde nega que haja falta de materiais. (Veja mais)

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Uma gravação telefônica entre uma suposta médica e o diretor do Hospital Municipal de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, comprova a falta de anestesista na instituição. Os dois discutiam o problema enquanto um paciente esfaqueado esperava pelo atendimento. (Veja mais)
No áudio, a médica diz ao diretor que precisa de um anestesista para realizar uma cirurgia em um paciente.  — Eu tenho um paciente no Ressaca que foi esfaqueado, está com a barriga aberta e tem que vir para cá e eu não tenho como entrar com ele no bloco. O que eu vou fazer? Eu vou chamar a polícia para falar que não tem condições de trabalho. O diretor diz que não tem o profissional disponível e tenta convencê-la a não acionar os militares, mas questionado sobre o que poderia ser feito, não apresenta uma solução. — Não sei. (Veja mais)
Um médico, que trabalha na unidade, faz outras denúncias. Ele teme ser retalhado e prefere não mostrar o rosto. — Quando uma pessoa, por exemplo, tira férias, não tem outra para cobri-la. Muitas vezes quem sofre com isso é a população. (Veja mais)
A Secretaria Municipal de Saúde de Contagem confirmou que houve falta de um anestesista no plantão do feriado. De acordo com Ricardo Leroy (foto), superintendente do hospital, a instituição não conseguiu encontrar um substituto para um médico afastado, em tempo hábil. — Aconteceu na sexta-feira, do dia 30 de setembro. O nosso anestesista efetivo da casa apresentou uma licença médica e a equipe do hospital correu atrás da substituição dele nesse dia, mas não conseguimos. (Veja mais)
Fotos mostram os corredores do hospital com pacientes por todos os lados. Nas imagens é possível ver restos de material de construção, chão irregular e sujeira espalhada nos banheiros. Segundo o médico que trabalha na instituição e que não quis ser identificado, também faltam materiais de trabalho. — Faltam diversos materiais como de sutura e luvinha para lavar a mão para poder operar. Os materiais atuais estão cada vez mais sucateados. (Veja mais)
Leroy explica que o prédio precisou de passar por reparos e o funcionamento não foi interrompido. Mas segundo ele, os pacientes que ficam no corredor são os que estão de observação. — Teve um problema no corredor do hospital e nós tivemos que cimentar um buraco. O hospital é 24 horas e naquele corredor ficam pacientes com menos gravidade. (Veja mais)
Além dos moradores da própria cidade, o Hospital Municipal de Contagem é referência para a população dos municípios de Sarzedo e Ibirité, também na Grande BH. Nele são feitas 5.000 internações e 38 mil atendimentos, por ano. Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde nega que haja falta de materiais. (Veja mais)

Uma gravação telefônica entre uma suposta médica e o diretor do Hospital Municipal de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, comprova a falta de anestesista na instituição. Os dois discutiam o problema enquanto um paciente esfaqueado esperava pelo atendimento. (Veja mais)

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