Rampas construídas para pessoas com deficiência em Paraguaçu, no sul de Minas, não vão ajudar cadeirantes a ir muito longe. Quem tentar subir nos acessos nos bairros Jardim das Acácias, João Lucas e Vila Sinara, vai se deparar com calçadas desniveladas, degraus e ruas íngremes. Isso se tiver sorte: em boa parte das ruas não existe sequer calçada
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A reportagem registrou várias rampas de acesso a barrancos ou lotes vagos
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Ricardo Martins, de 25 anos, trabalhava como frentista até o dia em que foi baleado, há cinco anos. Ele reclama que as ruas dos bairros onde as rampas foram construídas são muito íngremes, o que impossibilita o uso por cadeirantes.
— Aqui no bairro não tem como fazer isso. Como vai andar nessas ladeiras?
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Segundo a Prefeitura de Paraguaçu, a marcação das rampas é uma exigência do Ministério das Cidades para liberar verbas destinadas ao asfaltamento das ruas. Como os contratos são divididos, nem sempre a mesma empresa é responsável por todo o serviço, provocando a construção de rampas em locais que ainda não foram alterados. Ainda conforme a administração do município, a responsabilidade de construir e manter a calçada é do morador, e não do poder público
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O Ministério das Cidades, por sua vez, afirmou que a construção das rampas não é obrigatória para a pavimentação
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O aposentado José de Oliveira aponta a contradição: no centro, onde as ruas são mais amplas e planas, não existem rampas com acesso para cadeirantes e outras pessoas com dificuldade de locomoção.
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— Quando vou passear na praça preciso competir com os carros, andar no asfalto. Podiam fazer bem feito, mas fizeram uma coisa esquisita. É dinheiro jogado fora