Uma costureira foi vítima de preconceito dentro de um ônibus, em Machado, cidade sul de Minas Gerais. O cobrador e o motorista do coletivo teriam ofendido a mulher por ela não conseguir passar pela roleta por ser obesa
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Adriana de Souza Fernandes trabalha em dois empregos, como costureira e cuidadora de idosos, para sustentar os filhos. Há cinco anos ela sofreu de depressão e, com a doença, ganhou muito peso, chegando aos 130 kg
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Adriana Fernandes precisa utilizar o transporte público para ir ao trabalho. Por causa da obesidade, ela entra pela porta contrária para não precisar passar pela roleta
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Em uma das viagens, o cobrador reclamou do uso da porta traseira e pediu para que ela descesse do ônibus. A costureira não acatou. Deixou o dinheiro da passagem
sobre o caixa e se sentou aos prantos, se sentindo humilhada.
— Deixei o dinheiro e comecei a chorar porque me senti muito mal diante daquela situação
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Como a passageira não desceu, o motorista se levantou e começou a ofendê-la com palavrões.
— O motorista simplesmente se levantou e usou palavra de baixo nível comigo. Ele falou que quem mandava era ele
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Traumatizada, Adriana Fernandes diz que não consegue mais utilizar o transporte público. Ela ficou com fobia e chora só de se aproximar do ponto.
— É uma
angústia. Só de olhar para esse ônibus eu não consigo, é relembrar tudo que vivi ali
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Diante da
situação, a costureira fez uma queixa formal à empresa responsável
e também entrou com uma ação na Justiça, mas ainda aguarda resposta
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A equipe
de reportagem da Record Minas entrou em contato com a empresa de
transportes, mas ninguém foi encontrado para prestar
esclarecimentos