Engenheiro da Tüv Süd Makoto Namba ficou em silêncio em sessão na Assembleia de Minas
Divulgação/ALMG/Ricardo BarbosaCâmara dos Deputados, Assembleia de Minas e Senado realizam nesta quinta-feira (23), três sessões das CPIs (Comissão Parlamentar de Inquérito) criadas para investigar o rompimento da barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, em 25 de janeiro deste ano.
Na Câmara Federal, os parlamentares vão ouvir depoimentos de quatro funcionários da Tüv Süd, a empresa de consultoria alemã que atestou a estabilidade da barragem.
Dentre os convocados, estão os engenheiros Makoto Namba, André Jum Yassuda e Vinícius da Mota Wedekin, além da diretora de Gestão e Qualidade Alice Maia. Os dois primeiros foram presos por duas vezes, mas ganharam o direito de responder às investigações em liberdade após decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Em depoimento à Polícia Federal, Namba afirmou que teria sido pressionado a assinar o documento pela cúpula da Vale. Tanto Makoto Namba quanto André Yassuda foram convocados pela Assembleia de Minas para prestarem depoimento em sessão no dia 2 de maio, mas optaram por ficar em silêncio.
A CPI de Brumadinho instalada no Legislativo mineiro convocou dois gerentes da Vale nesta quinta-feira (23). O gerente-executivo de Geotecnia Corporativa Alexandre de Paula Campanha e o de Planejamento e Programação do Corredor Sudeste, Joaquim Pedro de Toledo.
Toledo foi beneficiado por um habeas corpus concedido pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, que o permitiu ficar em silêncio durante audiência na CPI do Senado. Já Campanha compareceu nesta terça-feira (21) a uma sessão na Câmara dos Deputados, quando negou que tivesse pressionado funcionários da Tüv Süd a assinarem laudo de estabilidade da barragem.
Já no Senado, duas pessoas serão ouvidas pelos senadores, o secretário de de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, Germano Vieira e o diretor-geral da ANM (Agência Nacional de Mineração), Victor Hugo Froner Bica.