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Fura-Filas em MG: exonerado diz que não tentou burlar investigação

"Fui injustiçado", disse o ex-chefe de gabinete da Secretaria Estadual de Saúde em depoimento à CPI que investiga o caso

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Pinho foi demitido após áudio de reunião ser vazado
Pinho foi demitido após áudio de reunião ser vazado Pinho foi demitido após áudio de reunião ser vazado

João Pinho, ex-chefe de gabinete da SES (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) negou, nesta segunda-feira (3), que tenha tentado burlar as investigações sobre possível esquema de fraudes na vacinação de servidores da pasta.

Durante depoimento prestado na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga o caso, na ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais), o servidor disse que foi injustiçado ao ser exonerado do cargo.

Pinho foi demitido no último dia 22 de abril após o vazamento do áudio de uma reunião em que ele teria sugerido retirar do home office dois funcionários da equipe de comunicação da SES que já estavam vacinados e continuavam trabalhando em casa. A gravação deixa a entender que a medida seria para evitar "exposição" da dupla em meio à investigação sobre o caso dos fura-filas.

— Fui injustiçado nesta situação. Não cometi nenhum crime ou irregularidade.

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Durante o diálogo, um homem que se apresenta como Pinho deixa a entender que analisava alterar uma resolução da Secretaria Estadual de Saúde para justificar a mudança no regime de teletrabalho de servidores. Na CPI, entretanto, o ex-chefe de gabinete defendeu que não houve uma tentativa de driblar a investigação e, sim, uma adequeção à norma que limitava o número de trabalhadores presenciais em 50% do quadro de funcionários.

— Quandro chegamos neste ano [2021] encontramos uma nova realidade com a possível segunda onda [da pandemia]. Precisávamos alterar [a norma] para a Secretaria de Saúde conseguir continuar a trabalhar de forma intensiva.

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Durante o depoimento, João Pinho ainda defendeu que sua atuação e escolha dos funcionários de sua equipe para vacinação foi baseada em critérios técnicos e dentro das normas e afirmou que não sabe quem teria vazado o áudio da reunião. Ele reconheceu que participou do encontro gravado, junto com outras quatro pessoas.

CPI

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A CPI dos Fura-Filas foi instaurada em março deste ano, após o R7 revelar as supostas irregularidades na imunização dos servidores da Secretaria Estadual de Saúde.

Nesta quarta-feira, os deputados vão ouvir ex-assessora-chefe de comunicação social da Secretaria de Estado de Saúde, Virgínia Cornélio da Silva, exonerada após a divulgação do caso e Janaína Fonseca Almeida, diretora de Vigilância de Agravos Transmissíveis da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Elas serão ouvidas na condição de investigadas.

Leia também: Governo de MG abre processo contra 3 servidores por vacinação irregular

A reportagem tenta contato com as servidores que irão depor amanhã. Na última semana, Virgínia já havia dito à reportagem que está à disposição para esclarecer todos os fatos necessários e que não cometeu irregularidades.

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