Estudo deve ser revisto após o prazo
Gil Leonardi/Imprensa MGA SES (Secretaria de Estado de Saúde) informou ao MPMG (Ministério Público de Minas Gerais), nesta terça-feira (31), que o isolamento social no Estado deve ser mantido, pelo menos, até 13 de abril para conter a proliferação do novo coronavírus.
O levantamento foi feito pelo Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública, área técnica do Governo de Minas que acompanha os dados referentes à pandemia. De acordo com a equipe, flexibilização da quarentena pode elevar o número de casos no período e esgotar a capacidade dos hospitais. Após o prazo indicado, novos estudos devem ser feitos para reavaliar o cenário.
A informação foi repassada ao MP após o órgão pedir à Secretaria de Saúde um balanço com o número de possíveis infectados caso o isolamento seja flexibilizado. No último 27 de março o Governador Romeu Zema (Novo) disse que realiza um estudo para avaliar a possibilidade de mudanças nas regras.
De acordo com Luciano Moreira, coordenador Cao Saúde (Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde), o Ministério Público Estadual vai acompanhar a evolução do número de casos para cobrar do Governo “decisões pautadas nas melhores evidências em benefício da população”.
— Fomos informados que segundo os estudos realizados, o número de casos que podem ocorrer sem medidas de restrição podem implicar em esgotar a capacidade do sistema de saúde.
A reportagem procurou a Secretaria de Saúde para comentar a demanda do Ministério Público, mas ainda não teve retorno. A promotoria espera ter resposta da pasta ainda nesta segunda-feira (30).
Quarentena
O Governo de Minas proibiu desde o dia 22 de março a realização de eventos públicos ou privados com mais de trinta pessoas. Zema determinou, ainda, que os municípios suspendam atividades de comércios “com circulação ou potencial aglomeração de pessoas", como feiras, centros comerciais, bares, restaurantes, lanchonetes, clubes e museus.
O estabelecimento pode funcionar por meio de vendas online, por telefone, aplicativo, desde que os produtos não sejam consumidos nas lojas.
De acordo com o decreto, estão liberadas as atividades consideradas "essenciais", com supermercados, distribuidoras de gás, oficinas mecâncias, agências bancárias, pet shops, lavanderia e transporte de carga.