Doença é transmitida pelo Aedes aegypti
Divulgação
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais confirmou nesta quinta-feira (14) dois casos de zika vírus no Estado. Um dos casos é de uma gestante, residente no município de Ubá, na Zona da Mata, e o outro de um bebê, nascido no mês de dezembro de 2015 em Curvelo, na região central. A SES informou que já fez contato com os dois municípios e com as respectivas regionais de saúde para monitoramento das situações, que envolve realização de exames complementares.
O bebê nascido em Curvelo apresentava 32 cm de perímetro cefálico (crânio), limite definido pelo Ministério da Saúde para triagem e identificação de bebês possíveis portadores de microcefalia. Este procedimento consta no "Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika". No entanto, como ele nasceu com 46 cm de comprimento e 2.915 kg, tamanho considerado pequeno pelos padrões, o crânio de 32 cm de perímetro pode ser considerado proporcional ao corpo da criança. Mais exames estão sendo realizados para confirmar o diagnóstico.
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Já a gestante residente em Ubá apresentou sintomas do zika vírus no mês de dezembro, como hiperemia conjuntival (olhos vermelhos) sem secreção e sem coceira, artralgia (dores nas articulações), exantema maculo-papular (manchas ou erupções na pele com pontos brancos ou vermelhos), dores musculares, dor de cabeça e dor nas costas. O caso também segue em investigação (para saber se o bebê também apresenta microcefalia) e acompanhamento da gestante.
Segundo o superintendente de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador da SES-MG, Rodrigo Said, as ações de prevenção e controle do mosquito Aedes aegypti, que já estão em execução, intensificam-se a partir desse momento em que é confirmada a transmissão no estado de mais uma doença pelo vetor.
— Temos que ter em mente que não se trata de uma ação unilateral, de responsabilidade apenas do poder público. A participação da população é fundamental nesse processo, uma vez que elas podem auxiliar com a mobilização e com as atividades de controle, inclusive estando atenta aos criadouros do vetor em seus domicílios”.
Casos suspeitos
Até o momento, 55 casos de microcefalia (associadas ou não ao zika vírus) foram notificados no Estado. Desses, 36 foram descartados para associação ao zika e 17 permanecem em investigação. Todos os casos seguem o Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika, do Ministério da Saúde, que recomenda busca ativa de mulheres em idade fértil e com suspeita de gravidez, além da ampliação ao acesso a testes rápidos.
Já com relação ao zika vírus, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais trabalha com 46 casos notificados até o momento. Desses, 8 foram descartados por exames laboratoriais e 38 permanecem em investigação. Os casos estão de acordo com o Protocolo de Implantação de Unidades Sentinelas para Zika Vírus e excluem os casos de recém-nascidos com microcefalia, mães de recém-nascidos com microcefalia e gestantes.