Ex-secretário diz que "ajudou a salvar vidas"
Divulgação/Imprensa MG/Gil LeonardiQuase 24 horas após perder o cargo de secretário de Saúde de Minas, em função de denúncias de 'fura-filas', o médico Carlos Eduardo Amaral quebrou o silêncio e se pronunciou, pela primeira vez, sobre a demissão.
"Encerro um ciclo. Como secretário, primei pela legalidade, técnica, retidão e lealdade. Aprendi muito. Ajudei a salvar vidas. Incomodei alguns", escreveu o neurocirurgião em uma rede social.
Amaral não voltou a se explicar sobre as possíveis irregularidades. Desde o início da semana ele alega que apenas os servidores que trabalham diretamente nas ações de combate à pandemia ou que precisam ir a campo para trabalhar. O caso é investigado pelo Ministério Público Estadual e será apurado por uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Assembleia de Minas.
Em outra postagem, logo em seguida, Amaral agradeceu a parceria do então secretário adjunto, Marcelo Cabral, também exonerado. O médico lembrou que conheceu Cabral em uma reunião do partido NOVO, legenda da qual os dois e o governador Romeu Zema fazem parte.
"Em 2019, fomos servir ao Estado na SES-MG. Apenas um combinado: 100% legal e foco nas entregas. Nesse tempo, lealdade, capacidade, integridade, conhecimento e amizade marcaram nossas ações. Sou extremamente grato ao meu amigo por ter se disposto a se aventurar comigo", pontuou o ex-secretário.
Tanto Amaral quanto Cabral estão na lista dos 828 servidores vacinados. O cargo de secretário foi assumido pelo também médico Fábio Baccheretti, ex-presidente da Fhemig (Fundação Hospitar de Minas Gerais).