Integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) começaram a deixar a fazenda do prefeito de Central de Minas, no Vale do Rio Doce, Genil Mata da Cruz (PP), nessa quinta-feira (16). Ele morreu na última terça-feira (14) em um acidente aéreo na propriedade.
A saída dos sem-terra atende a um pedido de deputados da Comissão de Direitos Humanos da ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais), que temem novos conflitos na região. Mas, os moradores exigiram um auxílio social para que as famílias tenham condições de se estabelecer em outro local.
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A fazenda foi invadida por cerca de 300 pessoas no dia 5 de julho e, desde então, eles estariam recebendo ameaças. Mas, na última semana, o conflito se intensificou, quando funcionários do prefeito usaram tratores blindados para soltar foguetes na tentativa de expulsar as famílias.
No dia do acidente, os invasores relataram que o prefeito estava em uma aeronave e, juntamente com outro avião, estariam jogando bombas sobre o acampamento. Em seguida, o monomotor em que Cruz estava caiu e explodiu, matando ele e um funcionário.
A causa da queda da aeronave está sendo investigada pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) e também pela Polícia Civil. A hipótese de que o avião tenha sido abatido pelos sem-terra já foi descartada pela perícia.