Radialista costumava denunciar crimes impunes na região
Divulgação / Vanguarda FMUm dos acusados de matar o jornalista Rodrigo Neto, de 38 anos, em Ipatinga, no Vale do Aço, vai a júri popular na próxima quinta-feira (28). Lúcio Lírio Leal, de 22 anos, é investigador da Polícia Civil e foi detido em maio do ano passado, cerca de dois meses após o crime, que ocorreu em março.
Em fevereiro deste ano, o juiz Antônio Augusto Calaes de Oliveira, da 2ª Vara Criminal, determinou que ele e outro réu, Alessandro Augusto Neves, o Pilote, de 31 anos, fossem julgados por um júri popular. O processo foi desmembrado e, por isso, Leal sentará primeiro no banco dos réus.
Os dois são suspeitos de integrar um grupo de exterminio, que ainda está sendo apurado. De acordo com a denúncia do Ministério Público, Neves seria o responsável por disparar os tiros que mataram o jornalista. Ele estava na garupa de uma moto quando surpreendeu Neto e o atingiu várias vezes, nas regiões da cabeça e do tórax. A rota de fuga teria sido traçada pelo investigador, que passou pelo local momentos antes e avisou o comparsa da presença e posição da vítima.
Ainda conforme o MP, os criminosos ainda tentaram acertar uma testemunha do crime. O crime teria sido motivado pelas constantes denúncias feitas por Neto com relação aos homícidios não solucionados na região.
Crimes
O radialista Rodrigo Neto foi morto com cinco tiros no dia 8 de março, em Ipatinga. Trinta e sete dias após a morte de Neto, o fotógrafo freelancer Walgney Assis Carvalho foi assassinado em um pesque-pague da cidade.
Relembre a operação que terminou com a prisão dos suspeitos: