Uma confusão envolvendo um investigador da Polícia Civil causou pânico na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Primeiro de Maio, na região norte de Belo Horizonte, nesta quarta-feira (8).
O homem, que aguardava a mulher ser atendida, se revoltou com a demora, sacou uma arma e ameaçou um guarda municipal que fazia a segurança do local. Moradores, que também esperavam atendimento, correram para outros cômodos e se esconderam.
Leia mais notícias de Minas Gerais no R7
Segundo a PC, em depoimento, o guarda municipal disse que o policial civil teria chegado de carro à UPA e solicitado uma maca para a mulher, que estava desacordada. Ao ser informado que não havia maca disponível, o policial solicitou que ele chamasse então um médico para atendê-la no veículo.
Diante da alegação de que não poderia deixar seu posto para buscar o médico, o policial o segurou pela gola e apontou a arma em sua direção, dizendo que o prenderia por omissão de socorro. Ele, no entanto, conta que conseguiu conter o investigador aplicando-lhe uma gravata, até ser contido por outro guarda municipal.
Já o investigador alega que levou a esposa à UPA após encontrá-la desmaiada em casa. Ela está em tratamento contra um câncer, o que o fez buscar atendimento emergencial naquela unidade, devido à proximidade de sua residência.
Diante da negativa do guarda municipal em chamar um médico para atendê-la, após informar que também não havia maca disponível para transportá-la, o policial civil conta que o segurou pelo uniforme e disse que o prenderia por omissão de socorro.
Em ambas as versões os ânimos teriam sido acalmados após intervenção de um segundo guarda municipal, o que possibilitou, inclusive, que a esposa do policial civil obtivesse o atendimento médico necessário ainda no carro.
O delegado responsável pelo recebimento da ocorrência na Ceflan 1 já ouviu testemunhas e determinou a intimação de outras para o devido encaminhamento legal da investigação, que será finalizada na Delegacia de Polícia Civil de Venda Nova, responsável pela área onde ocorreu o episódio. Ambos os envolvidos foram liberados em seguida.
Paralelamente, a Corregedoria Geral de Polícia Civil está instaurando procedimento administrativo quanto à conduta do investigador, para as devidas providências disciplinares.