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Jovem é agredida a pauladas em ataque homofóbico em BH

Marília Gabrielle Pereira de Andrada, de 22 anos, foi chamada de 'sapatona' pelo agressor

Minas Gerais|Felipe Rezende, do R7

Marília sofreu ferimentos no rosto e na nuca
Marília sofreu ferimentos no rosto e na nuca Marília sofreu ferimentos no rosto e na nuca

Uma jovem de 22 anos foi vítima de homofobia na região central de Belo Horizonte. A vítima, que voltava do trabalho na madrugada de quarta-feira (4), levou pauladas na cabeça e no rosto.

Marília Gabrielle Pereira de Andrada estava na rua da Bahia quando foi abordada pelo agressor. Ela já tinha visto o suspeito no ônibus em que estava momentos antes.

— Ele desceu antes de mim, pela porta da frente, depois de brigar com o motorista porque não queria pagar a passagem.

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A chef de cozinha estava na fila de uma farmácia quando o rapaz pediu dinheiro. Ao dizer que não tinha, foi ameaçada de morte.

— Ele pediu moeda, cigarro e ficou insatisfeito porque falei que não ia dar. Disse que eu era folgada, me chamou de 'sapatão' e que ia buscar uma faca, voltar e me matar.

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Marília, que afirmou não ter acreditado na ameaça, foi surpreendida pelo ataque: com um pedaço de pau nas mãos, o suspeito acertou a cabeça da jovem, que caiu no chão.

— Eu perdi a noção de onde estava, ele me agrediu na cabeça e no rosto.

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Um taxista que também estava na fila da farmácia socorreu a chef, que foi levada até um posto policial a poucos metros do local da agressão.

— A gente pediu para irem atrás do cara, que estava ali perto ainda, mas o policial disse que não podia abandonar o posto e falou para ligarmos para o 190.

A “sugestão” foi acatada e deu início a uma longa noite de transtornos para a vítima.

— Primeiro prenderam o cara errado, depois o certo. Passei por três delegacias e, na última, recebi voz de prisão porque ele disse que tinha sido agredido por mim.

A saga, que começou por volta das 4h, terminou apenas às 17h. Entre esse período, sete horas de espera para ser atendida no Pronto-Socorro do Hospital João 23, problemas com o sistema da Polícia Militar, que estava fora do ar, e muita dor de cabeça.

— Saí da delegacia sem minha ocorrência, apenas com um documento pedindo um exame de corpo de delito.

Segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado na Ceflan (Central de Flagrantes) como injúria e crime. O suspeito foi levado para o Ceresp (Centro de Remanejamento do Sistema Prisional).

Marília não tem dúvidas que sofreu uma tentativa de homicídio causada por homofobia.

— Se fosse uma menina hétero, de cabelo grande, bonitinha, ele nunca faria isso. Me chamou de 'sapatona' o tempo inteiro, inclusive na frente do delegado. Era ódio.

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