Danilo Cardoso Lacerda teria um mandado de prisão em aberto por crimes cometidos pelo primo, que teria usado nome falso e já foi morto
Record MinasUm jovem preso no Ceresp (Centro de Remanejamento do Sistema Prisional) Gameleira, na região oeste de Belo Horizonte, pode estar cumprindo pena por engano. Segundo a família do rapaz, ele teria sido confundido com um primo que tem envolvimento com o tráfico de drogas e teria usado o documento do parente para tentar escapar de um mandado de prisão.
Danilo Cardoso Lacerda, de 20 anos, foi preso na última terça-feira (20) quando passava de moto pela avenida dos Andradas, na região leste da capital. Segundo a irmã dele, Érica Cardoso Lacerda, o jovem ficou detido por quatro dias em uma Central de Flagrantes da Polícia Civil e, em seguida, transferido ao Ceresp. Desde então, a família tenta provar a inocência do rapaz.
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— O coração e a situação de todos nós é muito triste. Infelizmente, a gente tem que passar por isso tudo porque foi um erro que foi gerando outro erro. E meu irmão está preso desde terça-feira sem merecer e sem ter culpa.
Conforme a PM (Polícia Militar), o jovem foi parado em uma blitz e não tinha CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Além disso, ao consultar o nome do rapaz no sistema policial, constava um mandado de prisão em aberto em nome dele.
Mas, a família garante que tudo não passou de um engano. O primo de Lacerda, Rafael Lacerda dos Santos, teria sido detido por tráfico de drogas em Teixeira de Freitas (BA) há dois anos. No entanto, no momento de sua prisão, em março de 2013, ele teria dado um nome falso aos policiais e disse que se chamava Danilo.
Rafael chegou a ficar um ano preso com o nome do primo, mas recebeu um alvará de soltura no ano passado e foi morto por traficantes. O crime aconteceu dias depois dele deixar a prisão, mas a Justiça da Bahia ainda não teria dado baixa no sistema e o nome de Danilo ainda aparece como criminoso no sistema.
— Como ele já tinha problema aqui com a polícia, ele deu nome do meu irmão e inverteu os sobrenomes. Mas, aí a polícia segurou ele, prendeu ele com o nome do meu irmão e, durante esse processo, entraram com um alvará de soltura que gerou outro número de processo. Mas, o sistema da Bahia não deu baixa nos processos.
Em maio deste ano, Érica e Danilo perderam os pais e uma irmã em um acidente de trânsito. Após a tragédia, o rapaz ainda perdeu o emprego e os dois só contam com a ajuda dos tios. Agora, a família luta para conseguir provar o erro da Justiça baiana e, consequentemente, da polícia mineira.