A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão, em Juiz de Fora, a 283 km de Belo Horizonte, contra um jovem, de 22 anos, suspeito de promover ataques racistas contra uma estudante, de 24 anos, nas redes sociais, em janeiro deste ano.
A vítima teve uma foto usada em uma montagem onde ela era comparada com uma mulher branca e atacada com vários xingamentos.
A polícia conseguiu descobrir a identidade dele após três meses de investigação. Na casa do suspeito, foram encontrados materiais que indicavam seu posicionamento racista e homofóbico.
A PC pediu a prisão preventiva do jovem, mas a Justiça não concedeu. A determinação é que, a partir de agora, ele não pode se aproximar da vítima, nem tentar abordá-la pela internet.
O caso
O caso que motivou as investigações aconteceu no início de janeiro. A estudante foi vítima de racismo e procurou a polícia. O suspeito teria feito montagens com uma foto dela, ao lado de uma mulher branca.
Na postagem, ele dizia que a estudante é "suja", "pobre da favela" e que "rouba", "mata", "usa drogas" e "só serve para sexo". Já a moça branca seria privilegiada, rica, trabalhadora, estudiosa e serve para casamento.
Em outra publicação, ele afirmava ser racista assumido e dizia que não gostava de negros. O jovem escreveu que seria capaz de agredir uma pessoa negra, caso ela se aproximasse dele, e comentou também que seria melhor que os negros fossem mandados para a África.
Os ataques à jovem começaram quando um amigo da vítima sofreu ataques homofóbicos nas redes sociais pelo suspeito. A jovem denunciou a conta e, desde então, vinha sendo perseguida por ele na internet. O jovem chegou a mandar áudios para a estudante pelas redes sociais, com mensagens ofensivas
A Polícia Civil acredita que existam mais vítimas e pede que as pessoas procurem as autoridades.