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Juiz é denunciado por famílias de determinar adoções ilegais

Decisões da Vara da Infância de Barbacena são examinadas pela Corregedoria do TJ

Minas Gerais|Do R7

Joaquim Gamonal alega que se baseou em decisões do MP para julgar
Joaquim Gamonal alega que se baseou em decisões do MP para julgar Joaquim Gamonal alega que se baseou em decisões do MP para julgar

Acusado por quatro famílias de determinar a entrega de crianças para famílias adotivas sem cumprir o processo legal, o juiz Joaquim Martins Gamonal, titular da Vara da Infância e da Juventude de Barbacena, na região central de Minas, se defende das acusações.

Em coletiva nesta quinta-feira (16), Gramonal divulgou um relatório em que dá explicações sobre as denúncias e justifica sua atuação sem dar detalhes sobre os processos por alegar que estão sob segredo de justiça. A Corregedoria-Geral de Justiça do TJ investiga o juiz. Em pelo menos um dos processos, o Tribunal reverteu a adoção determinada por Gramonal.

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Um dos casos é de uma adolescente com problemas psiquiátricos que vive na casa de acolhimento de Barbacena. Ela teria engravidado duas vezes no local e teve as crianças retiradas do convívio logo após o parto, sem ter tido a chance de conhecê-las.

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Gramonal nega: "Em 2014, após abrigamentos e desabrigamentos, ela novamente engravidou, mas jamais dentro do estabelecimento de abrigamento. Ela foge, passa finais de semana na casa da bisavó. O MP ingressou com o pedido de adoção. O menino não foi entregue para adoção, mas está sob guarda de uma família acolhedora".

Os outros casos envolvem uma garota de programa que engravidou e duas supostas tentativas de venda dos bebês. O juiz desclassifica as reclamações: "É mais um caso narrado na denúncia que demonstra total descompasso com a realidade". O magistrado afirma que seguiu determinações do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e que suas decisões foram baseadas em pedidos do Ministério Público. A Corregedoria vai reexaminar as decisões.

Em nota, o desembargador Herbert Carneiro Amagis, preseidente da Amagis (Associação dos Magistrados Mineiros), afirmou que "confia na atuação do magistrado" e que as decisões foram "precedidos e realizados por gestões do Conselho Tutelar e Ministério Público e são monitorados pela CEJA (Conselho Estadual Judiciária de Adoção) e CNJ.

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